PERIODICIDADE DA CONSULTA ODONTOLÓGICA E ORIENTAÇÕES ADEQUADAS: IMPORTÂNCIA PARA SAÚDE ORAL DA POPULAÇÃO NEGRA
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1897Palabras clave:
Consulta Odontológica, Saúde Bucal, Doenças BucaisResumen
Introdução: A política nacional de saúde bucal recomenda uma série de medidas essenciais, visando a promoção de saúde oral como também a regularidade nas consultas odontológicas. Fatores sociais, recursos financeiros, o medo e a falta de informação, levam a um baixo índice de conhecimento e cuidado com a saúde bucal de modo que o agendamento acontece de forma mais frequente somente quando há sintomatologia dolorosa, sendo esta acompanhada de problemas bucais mais agravados. Em geral, a manifestação das doenças bucais ocorre de forma leve, gradual e assintomática. A demora na procura de atendimento agrava o quadro clínico do paciente, podendo este necessitar de tratamentos de maior complexidade. A higiene oral, através da orientação profissional, traz efeitos benéficos em relação à diminuição dos agravos de doenças e colabora com o bem-estar do paciente.
Objetivo: Analisar a regularidade de consultas odontológicas e o conhecimento sobre higiene bucal.
Método: Trata-se de um estudo analítico, transversal e quantitativo, aprovado pelo comitê de Ética da Faculdade Adventista da Bahia, conforme CAAE 45556221 4 0000.0042, realizado na Clínica Escola da Faculdade Adventista da Bahia com a participação de 300 indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, moradores do Recôncavo Baiano e autodeclarados negros, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados foram obtidos pelo preenchimento de um questionário, o qual continha perguntas sobre doenças sistemáticas diagnosticadas. As respostas foram registradas e analisados no programa SPSS® versão 20.0 e apresentados em forma de frequência absoluta e relativa.
Resultados parciais: Participaram da pesquisa 300 indivíduos, dos quais 176 (58,6%) afirmaram realizar consultas periódicas ao dentista, contrastando com 118 (39,3%) que responderam não realizar consultas e 6 (2,0%) abstinências de repostas. Entre a população pesquisada 180 (60,0%) responderam que sua última consulta foi em um período menor que 1 ano; 51 (17,0%), que sua última consulta foi de 1 a 2 anos; 56 (18,6%), se consultaram a mais de 2 anos; 6 (2,0%), nunca foram ao dentista e 6 (2,3%) abstiveram de responder. Quanto à orientação de higiene bucal, 45 indivíduos (15,0%) disseram que não tiveram, sendo que 248 indivíduos (82,6%) relataram que já receberam orientações e 7 indivíduos (2,3%) não informaram a esse respeito. Tais resultados podem auxiliar o cirurgião dentista sobre a compreensão que esta população apresenta acerca da saúde oral e dessa forma pode-se intervir no modo de cuidado e incentivo promovidos pela odontologia.
Descritores: Consulta Odontológica; Saúde Bucal; Doenças Bucais.
Eixo temático: Ciências da Saúde.