O LOUVOR COMO POSSIBILIDADE PROMOTORA DE SAÚDE MENTAL COM JOVENS UNIVERSITÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1800Palabras clave:
Louvor, Saúde mental, Universitários, Promoção da saúdeResumen
No Brasil, estudos recentes sobre a adaptação à universidade são ainda pouco numerosos (por exemplo, Mercuri & Polydoro, 2003; Joly, Santos & Sisto, 2005; Primi, Santos & Vendramini, 2002; Schleich, 2006; Vendramini & cols., 2004). Contudo, pode-se considerar como ponto comum a conclusão de que as experiências, principalmente durante o primeiro ano na universidade são muito importantes para a permanência no ensino superior, para o sucesso acadêmico dos estudantes e para a construção de sua própria identidade (Pascarella e Terenzini, 2005; Reason, Terenzini & Domingo, 2006). De acordo com Almeida e Santos (2001), entre as múltiplas e complexas tarefas com que os jovens são confrontados neste momento de transição educativa, os autores salientam as tarefas associadas a quatro varáveis: intrapsicológica (de natureza cognitiva e psicossocial), interpessoal, acadêmica (curso) e contextual (instituição).
Assim, o estudante necessita ajustar-se a todo um conjunto de mudanças, e o apoio encontrado junto dos pares, na família e nos professores, parece ser decisivo para este processo (Machado & Almeida, 2000). No entanto, se não encontra, se não identifica este suporte, ou se tende a não solicitar a ajuda de que necessita para os seus problemas, pode desenvolver defesas que levam a um retraimento emocional menos compatível com o bem-estar psicológico, intensificando os níveis de ansiedade e depressão. Desse modo, ressalta-se a necessidade de ferramentas que visam auxiliar a manutenção do bem-estar psíquico diante a esses contextos.
A espiritualidade refere-se à experiência de contato com algo que transcende as realidades normais da vida. Significa experimentar uma força interior que supera as próprias capacidades (Boff, 2006). Ela manifesta-se como religiosa, quando essa transcendência repercute de tal forma na transformação da vida da pessoa que o experimentado não se explica apenas por forças contidas na interioridade da pessoa, mas é sentido como a presença de um absoluto, identificado como Deus. Logo, a influência da religiosidade sobre a saúde mental é um fenômeno resultante de vários fatores como: estilo de vida, suporte social, um sistema de crenças, práticas religiosas, formas de expressar estresse, direção e orientação espiritual (Moreira Almeida, Lotufo Neto, & Koenig, 2006). Em consonância a esse panorama, propõe-se a discussão da religião como agente promotor de saúde psíquica.
Por outro lado, destaca-se, que no sentido de promover a saúde, evidencia-se como fundamental uma abordagem interdisciplinar, ao qual objetiva a prevenção, tratamento e cura de agravos de saúde. Atualmente popularizou-se ações que extrapolam ambientes como consultórios e unidades de saúde. Dentre essas práticas terapêuticas complementares e integrativas mais usadas destaca-se a música como recurso terapêutico. Assim, fazendo uso da vantagem de que a música é fácil de ser aceita por estudantes universitários, através de psicoterapia musical individual e atividades de aconselhamento musical em grupo, podemos ajudar os estudantes universitários a aliviar emoções ruins, resolver conflitos psicológicos e promover a melhoria da personalidade, o que é exigido pela situação atual da educação em saúde mental em faculdades e universidades (Carter e Panisch, 2021).