PRODUTO TECNOLÓGICO “SUOR E SANGUE”: WEBDOC DAS EVIDÊNCIAS HEROICAS DA HISTÓRIA DE CACHOEIRA, BAHIA, BRASIL.
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1755Palabras clave:
Rio Paraguaçu, Fumo, Carmo, Cana-de-açúcar, Rosário, IndependênciaResumen
A cidade de Cachoeira foi criada a margem do Rio Paraguaçu, sendo palco de vários acontecimentos históricos do século XVIII que influenciaram no futuro da Bahia e do Brasil. A cidade é rica em especiarias, possui uma rica história e patrimônio cultural preservado. A cidade possui uma grande beleza natural com muitas cachoeiras e rios, além do tombamento do conjunto arquitetônico e paisagístico, pelo Iphan. Sendo um centro de produção artesanal, onde é possível encontrar diversas peças de cerâmica, renda, bordados e uma das culinárias mais ricas do Estado da Bahia.
De acordo com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 1693 foi criada a freguesia de Nossa Senhora Do Rosário do porto de Cachoeira, que recebia senhores de engenho e comerciantes. Além de ser um grande centro açucareiro, a vila de Cachoeira desenvolveu outras produções, como o tabaco, dando o primeiro passo para a “fundação” da vila de Cachoeira. Em 1756, antes mesmo de ser consagrada como vila definitivamente, Cachoeira já era tão rica, que o rei de Portugal (Dom José I) decidiu taxá-la (1).
A cidade se desenvolveu como polo distribuidor de mercadorias importadas e receptor de produtos regionais destinados à exportação, sendo a principal atividade econômica a produção de açúcar, cultivado por escravos nas lavouras (2) . Com a proibição do tráfico de escravos, as atividades açucareiras sofreram um declínio, mas o surgimento de engenhos centrais empregando mão de obra livre e qualificada causou alterações na economia (2). Outro produto de destaque foi o fumo, importante para o desenvolvimento econômico da região, sendo os alemães e portugueses os principais proprietários das fábricas fumageiras da cidade e região (2).
A importantíssima estação de Cachoeira foi aberta em 1876 e inicialmente não havia ponte que cruzasse o rio para a linha férrea, e com o aumento do movimento, o serviço de balsas do rio Paraguassu começou a não dar conta e uma ponte, chamada de Dom Pedro II teve de ser feita em 1885, está ligando a cidade de São Felix (3). O prédio foi construído a margem do rio, logo tendo uma curva acentuada da qual foi necessário criar um “rabicho” uma haste de manobra com 230m para ser feita a manobra, onde hoje fica a rua Manoel Vitorino (3).