FREQUÊNCIA DE DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE EM UMA POPULAÇÃO NEGRA DO RECÔNCAVO BAIANO

Autores

  • Manuela Luanny Ventura Rocha Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Leandro Henrique da Silva Neiva Souto Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Maurício Ferreira de Souza Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Jônatas Barbosa Fabrício da Silva Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Francine Vilma de Oliveira Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Tatiane Oliveira Teixeira Muniz Carletto Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Juan Rene Barrientos Nava Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Elenilda Farias de Oliveira Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Márcia Otto Barrientos Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Wagner Barros da Silva Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)

DOI:

https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1887

Palavras-chave:

Endodontia, Sensibilidade Dentária, Tratamento do Canal Radicular

Resumo

Introdução: A terapia endodôntica é um procedimento odontológico realizado no interior do dente para descontaminá-lo. O tratamento consiste no preparo mecânico-químico do sistema de canais radiculares e envolve técnicas de limpeza, desinfecção, obturação e selamento coronário permanente, propiciando um prognóstico favorável. Dessa forma, nos elementos dentários, quando não bem tratados podem ocorrer o aparecimento, permanência ou crescimento de lesão periapical, bem como sinais clínicos e sintomas, sendo necessária reintervenções.

Objetivo: Identificar a frequência de dentes tratados endodonticamente em uma população negra do recôncavo baiano e sintomas associados ao elemento.  

Método: Estudo de campo de corte transversal, analítico, de abordagem quantitativa com o objetivo de estudar a saúde oral da população negra do recôncavo. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade Adventista Da Bahia, conforme CAAE: 45556221.4.0000.0042. O estudo foi realizado majoritariamente no município baiano de Cachoeira, tendo uma amostra de 291 participantes entre 18 e 81 anos, ambos os sexos, residentes do recôncavo baiano há pelo menos 2 anos, dentados com no mínimo 4 dentes em boca e que não possuíam parentesco de primeiro grau com outros participantes. Os dados foram coletados através de um questionário multidisciplinar que inclui história médica pregressa, anamnese odontológica e condições atuais de saúde bucal. Além disso, foram realizados exames clínico e radiográfico, com radiografia ortopantomografia e periapical do dente tratado. Os resultados foram contabilizados e registrados com identificação e contato do participante na plataforma SPSS Statistics 20.0.

Resultados parciais: Participaram dessa pesquisa 291 sujeitos, 269 (92%) se autodeclaram negros, dos quais 190 (65,3%) são do sexo feminino e 101 (34,7%) do sexo masculino. Dentre esses, 80 (27,4%) responderam que já realizaram algum tratamento de canal e 7 (2,4%) não sabem se já realizaram. Destes que informaram já ter realizado canal, 19 (23,7%) relatam sintomatologia no elemento tratado. Durante a realização da pesquisa foi feito o exame radiográfico através da ortopantomografia para confirmação do procedimento endodôntico, dos 80 (27,4%) que afirmaram ter tratamento de canal, apenas 35 (43,7%) foram confirmados pelo exame e 7 (20%) possuíam sintomatologia no elemento tratado. A qualidade da obturação endodôntica influencia no bom ou mal prognóstico. Devido a erros de procedimento ou mesmo na ausência desses erros, as bactérias podem persistir nos canais e na região apical das raízes, o que pode levar aparecimento ou permanência de lesões periapicais e sintomatologia. Embora o índice de dentes tratados endodonticamente com sintomatologia tenha sido baixo, ainda assim considera-se que o resultado tenha evidenciado um prognóstico desfavorável.

Descritores: Endodontia; Sensibilidade Dentária; Tratamento do Canal Radicular.

Eixo temático: Ciências da Saúde.

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Publicado

2023-12-01

Como Citar

Luanny Ventura Rocha, M., Henrique da Silva Neiva Souto, L., Ferreira de Souza, M., Barbosa Fabrício da Silva, J., Vilma de Oliveira , F., Oliveira Teixeira Muniz Carletto, T., Rene Barrientos Nava, J., Farias de Oliveira , E., Otto Barrientos, M., & Barros da Silva, W. (2023). FREQUÊNCIA DE DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE EM UMA POPULAÇÃO NEGRA DO RECÔNCAVO BAIANO. Revista Formadores, 20(Suplementar), e1887. https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1887