AVALIAÇÃO DO RISCO DE ULCERAÇÃO EM INDIVIDUOS DIABETICOS NO RECONCAVO BAHIANO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1821Palavras-chave:
Neuropatia Periférica Diabética, Rastreamento, Pé diabético, Doença Arterial Periférica, UlceraçãoResumo
Cada vez mais prevalente a diabetes, condição de alta morbidade, afeta a saúde e qualidade de vida. Em 2014, segundo da Organização Mundial de Saúde (OMS) até 422 milhões de adultos no mundo viviam com diabetes. A expectativa é o aumento desse número, estima-se em torno de 642 milhões de adultos em todo mundo entre a faixa etária 20-79 anos, uma taxa de prevalência de 8,8% da população pode ter diabetes em 2040 ¹.
O diabetes mellitus (DM) está bem estabelecido como um fator de risco metabólico mais importante para a neuropatia, complicação mais frequente e comum na forma Polineuropatia Simétrica Distal (PSD). A neuropatia diabética (ND) ocorre em mais de 50% dos indivíduos com diabetes em todo mundo com idade acima de 50 anos ².
O pé diabético síndrome associada a essa morbidade e a doença arterial periférica, apresenta-se com uma incidência em 15% nos indivíduos diabéticos nos EUA. Ulcerações são as principais complicações dessa condição e causa mais comum de internações prolongadas implicando em elevados custos, ressaltando-se que 85% das úlceras precedem a amputações ³,⁴.
O Consenso Internacional de Pé Diabético é categórico ao afirmar o significativo problema socioeconômico que o pé diabético causa, tanto em relação aos gastos para internação e amputação para os sistemas de saúde, quanto para o paciente, que enfrenta perda de produtividade e de qualidade de vida, adicionada aos custos individuais de cada um ⁵.
Esses problemas ainda podem ser agravados pelo acesso ruim a sistemas de saúde, escassez no diagnóstico médico da neuropatia, baixo nível de treinamento de profissionais em relação ao pé diabético. Outros fatores como o nível de conhecimento da diabetes, da neuropatia diabética e atitudes quanto ao autocuidado para prevenção do pé diabético podem resultar em amputações malconduzidas e baixa resolução ⁶.
Atenção primária é consolidada como um pilar fundamental dentro da promoção, recuperação e diagnóstico. Ações como estas ficam a cargo de uma equipe multidisciplinar de saúde, a qual é composta por um conjunto de profissionais com diferentes formações, e que tem como objetivo o compartilhamento de informações e a prestação de um cuidado integral.