A HORA DA NOTÍCIA: OS DESAFIOS PARA TRANSMITIR O DIAGNÓSTICO AOS PAIS DE FILHOS DEFICIENTES – REVISÃO NARRATIVA
Palabras clave:
Diagnóstico, equipe profissional, filhos com deficiênciaResumen
A presente pesquisa teve como objetivo compreender, por meio de uma revisão narrativa fundamentada na psicologia sócio-histórica, como o diagnóstico de uma criança com deficiência é transmitida aos pais e quais são os sentimentos dos pais frente a este diagnóstico. Para tanto, fez-se uma análise doo sentimento dos pais em relação ao recebimento do diagnóstico do filho com deficiência, bem como, entender de que forma o diagnóstico é transmitido pela equipe profissional. Os resultados desta pesquisa indicaram que, os pais ao receberem o diagnóstico sentem-se culpados, tristes e com medo de ter um filho com deficiência. Eles não são informados pela equipe profissional acerca da doença dos filhos e recebem um diagnóstico bastante pessimista quanto ao futuro da criança, o que dificulta a adesão dos pais ao tratamento da patologia. Além disso, a equipe profissional, incluindo os médicos, não apresentam conhecimentos acerca de uma forma mais adequada para transmitir aos pais o diagnóstico em relação à deficiência de seu filho. Através desta pesquisa foi possível perceber, a necessidade de um treinamento para a equipe profissional, para que eles possam lidar melhor com a situação, transformando em um momento mais humanizado e acolhedor. Além disso, é importante também desenvolver projetos com os pais com o intuito de informá-los acerca do diagnóstico do seu filho. Tal realidade contribuiria para maior adesão dos pais às estratégias de intervenções possíveis de ser realizadas por eles com seus filhos deficientes.
Citas
BAZON, F. V. M., CAMPANELLI, E. A., BLASCOVI-ASSIS, S. M. A importância da humanização profissional no diagnóstico das deficiências. Psicol Teor Prt. 2004; 6(2):89-99.
BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais. Editora Record, 5°ed, Rio de Janeiro, 2006.
BUSCÁGLIA, L. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconselhamento. Editora Record, 3° ed, Rio de Janeiro,1997.
COHEN, M. D., ARDORE, M., HONDA, R. A., SAMEJINA, A., SARRUF, M.C., & SILVA, B. P. A. Ações integradas na reabilitação de crianças portadoras da Síndrome de Down. In A. M. Kudo, E. Marcondes, L. Lins, L. T. Moriyama, M. L. L. G. Guimarães, R. C. T. P. Juliani, & S. A. Pierri (Orgs.), Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em Pediatria. Monografias Médicas (2.ed., v.2, pp.266-281). São Paulo: Sarvier, 1994.
FERRARETO, I., FERREIRA, A., IGNÁCIO, A., PRADO, A. E. O., PINTO, M. C. F., MOURA, M. J., & RIZZO, A. M. P. P. Ações integradas na reabilitação de crianças portadoras de paralisia cerebral. In A. M. Kudo, E. Marcondes, L. Lins, L. T. Moriyama, M. L. L. G. Guimarães, R. C. T. P. Juliani & S. A. Pierri (Orgs.), Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em Pediatria. Monografias Médicas (2.ed., pp.283-290). São Paulo: Sarvier, 1994.
GOLDENSTEIN, E. Sua majestade o bebê: conversando com papai e mamãe. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
HOHER S. P., WAGNER A. D. L. Diagnosis and guidance to parents of especial needs children: a professional issue. Estud psicol (Campinas). 2006 Jun; 23(2):113-25.
LEMES, Lucyana C.; BARBOSA, Maria Angélica M. Comunicando à mãe o nascimento do filho com deficiência. Acta Paul Enfermagem 2007, 20(4):41-5. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v21n3/pt_07.pdf Acessado em: 22 Mar. 2015.
MEIADO, A. C. O retrato da exclusão: um estudo de caso sobre a deficiência mental severa no ambiente familiar. Dissertação de mestrado não-publicada, Universidade Federal de São Carlos, 1998.
PETEAN, E. B. L. & PINA-NETO, J. M. (1998). Investigação em aconselhamento genético: Impacto da primeira notícia – a reação dos pais à deficiência. Medicina U: 288-295.
SILVA, S. F. Experiências e necessidades de mães após o diagnóstico de deficiência mental do filho. Dissertação de mestrado não-publicada, Universidade Federal de São Carlos, 1988.
SOUZA, M.; POSSARI, J. F.; MUGAIAR, K. H. B. Humanização da abordagem nas unidades de terapia intensiva. Revista Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 77-79, abr./jun. 1985.