PERFIL DA MÁ-OCLUSÃO DA POPULAÇÃO DO RECÔNCAVO BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1894Palabras clave:
Má-oclusão, Epidemiologia, FrequênciaResumen
Introdução: A má-oclusão é definida por uma anomalia do desenvolvimento dentário e arcos dentários. Sua etiologia está associada a fatores de interação ambiental e genéticos. Entre os fatores ambientais encontram-se baixo nível socioeconômico, má nutrição, respiração bucal, desequilíbrios hormonais, disfunção muscular, relação de comprimento da maxila e mandíbula, tamanho, forma, números de dentes e perda prematura de dentes decíduos. A presença de má-oclusão pode causar danos estéticos e funcionais ao indivíduo, o que pode comprometer a saúde de todo sistema estomatognático.
Objetivo: Identificar a frequência e percepção pessoal sobre desoclusão entre indivíduos de uma população do Recôncavo Baiano.
Método: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, analítico, realizado com 292 indivíduos entre 18 e 81 anos que foram informados e convidados a participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade Adventista da Bahia, conforme CAAE 45556221.4.0000.0042. Os dados foram coletados através de um formulário que incluiu perguntas de hábitos de saúde bucal, socioeconômicos e através de um exame clínico intraoral. O exame clínico intraoral foi realizado por quatro pesquisadores que foram selecionados e calibrados. Os dados foram analisados no programa SPSS e agrupados em forma de frequência simples e percentual. A analise seguia a seguinte divisão: paciente que apresentava má-oclusão ou não; pergunta sobre percepção pessoal se o paciente sentia que seus dentes não se articulavam bem, que podia ser respondida com ‘sim’, ‘não’, ou ‘as vezes’.
Resultados (esperados / parciais): Na população analisada 286 sujeitos participaram do exame clínico intraoral e os resultados parciais apresentaram que 164 indivíduos (57,34%) foram classificados com má-oclusão e 122 indivíduos (42,66%) apresentaram relação cêntrica satisfatória. 292 indivíduos participaram da segunda etapa da pesquisa. Com relação a percepção subjetiva desses sujeitos quando perguntados se sentiam que os dentes não se articulavam bem 125 (42,81%) indivíduos responderam ‘não’; 145 (49,66%) responderam ‘sim’; e 22 (7,53%) que ‘as vezes’. Na classificação parcial dos resultados notou-se uma frequência maior de indivíduos com má-oclusão do que os que apresentaram oclusão satisfatória. Dentre os fatores citados na literatura que podem estar relacionados a alta incidência de má-oclusão, questões de baixo nível socioeconômico, má nutrição, falta de acesso a serviços de saúde bucal na idade correta para diagnóstico precoce e início de tratamento estão presentes na nossa amostra. Entretanto, é necessário a finalização da coleta de dados com uma amostra maior da população, estudos mais aprofundados, para então realizar análises estatísticas e determinar se existe associação entre os fatores.
Descritores: Má-oclusão; Epidemiologia; Frequência.
Eixo temático: Ciências da vida e da saúde.