IDENTIFICAÇÃO DO NÍVEL SÉRICO DA PROTEINA C REATIVA NA POPULAÇÃO NEGRA DO RECÔNCAVO BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1892Palabras clave:
Proteína C-Reativa, Vulnerabilidade e Saúde, População NegraResumen
Introdução: A proteína C reativa (PCR) é um marcador da inflamação aguda, causada por algum processo inflamatório e/ou infeccioso. Baseando na sua grande eficácia, a análise da PCR é utilizada como marcador de risco em problemas cardiovasculares, infecções crônicas e agudas, pós-operatórios, neoplasias e inflamações não infecciosas. Desde modo, pode-se entender que a população negra enfrenta problemas de desigualdades socias acarretando escassez na qualidade de vida e assistência à saúde.
Objetivo: Identificar a prevalência da Proteína C Reativa na população negra do Recôncavo Baiano.
Método: A pesquisa de campo de caráter descritivo, quantitativo e transversal, aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Adventista da Bahia com registro do CAAE 45556221.4.0000.0042, realizada no Recôncavo Baiano, no município de Cachoeira/BA. A análise foi composta de uma amostra de 296 participantes, que atendiam os critérios de inclusão: ser autodeclarado preto, ter 18 anos ou mais, ser morador do Recôncavo Baiano por no mínimo 02 anos, em seguida todos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, e logo após foi realizada a coleta de dados. Os participantes que apresentavam 1º grau de parentesco e algum tipo de comprometimento mental e intelectual, foram excluídos do estudo. Para análise da proteína C reativa (PCR), foi coletado 10 ml de sangue por punção venosa, os pacientes não estavam em jejum, e armazenados em tubos com EDTA, para obter o soro centrifugou-se as amostras por 10 min. em 3000 rpm. O teste PCR imunolatex por aglutinação indireta aplicado para avaliar a amostra foi o qualitativo. A análise laboratorial foi feita com lâmina de vidro lisa, pipetados 25 microlitros de plasma e de reagente, espatulado com espátula plástica e analisado a aglutinação por 2min. sob uma fonte luminosa. Os resultados foram tabulados e registrados com identificação e contato do participante na plataforma SPSS Statistics 2.0.
Resultados parciais: Entre os 296 participantes 194 (65,5%) eram do sexo feminino e 102 (34,5%) do sexo masculino, em que se autodeclaram como, negros 273 (92,2%) e brancos 23 (7,8%). Mediante as análises laboratoriais os dados encontrados a respeito da PCR foram os seguintes, resultados positivos 15 (5,0%) dos quais 12 (80,0%) eram mulheres e 3 (20,0%) eram homens e os resultados negativos foram 281 (95,0%). A presença da inflamação em fase aguda nas amostras positivas, auxilia no diagnóstico e controle da inflamação, porém há necessidade de mais exames que indiquem a causa da resposta inflamatória. Compreendendo a frequência de teste obtidos com o resultado positivo e a função da PCR como marcador de risco em desordens sistêmicas, espera-se que mais estudos robustos possam evidenciar a relação da PCR na população negra.
Descritores: Proteína C-Reativa; Vulnerabilidade e Saúde; População Negra.
Eixo temático: Ciências da Saúde.