“TRÂNSITO SOCIAL”: UMA PROPOSTA PROMOTORA DE HABILIDADES SOCIAIS NO TRÂNSITO A PARTIR DO CONTEXTO DA FÉ
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1795Palabras clave:
Habilidades sociais, Trânsito, FéResumen
As habilidades sociais nos ajudam a manter relações sociais, saudáveis e positivas e consequentemente melhoram nossa qualidade de vida. Do ponto de vista cristão, Jesus foi o mais perfeito modelo a se seguir em habilidades de como deve-se tratar as pessoas e também as leis e as pessoas que regem as mesmas. Deus espera que aqueles que professam a fé em Cristo respeitem e se submetam à autoridade de todas as formas(1).
Portanto, em obediência a Deus e às autoridades, precisamos conhecer as leis e normas que regem o trânsito e nos submetermos a elas e assim teremos uma postura de empatia também para com as pessoas. De acordo com a lei 9.503/97 do código de trânsito Brasileiro (CTB), trânsito é a “utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga”. Sendo assim, um espaço social de trocas constantes, onde estão incluídos as subjetividades e os valores que permeiam os diversos “personagens” que o compõem"(2).
O ser humano é um ser de relações, todo o tempo relaciona-se com outro e isto é necessário para a sua sobrevivência. É possível considerar o trânsito como “se ele fosse uma trama, uma rede de relações em constante movimento, como um tecer e destecer ininterrupto das ligações, compondo uma forma que não existia antes dele, mas que, com sua participação, ajuda a formar”(3).
As emoções e a personalidade são fatores que influenciam nas atitudes do homem, no contexto do trânsito, as mesmas são consideradas também como possíveis fatores de risco para acidentes(4). Dessa forma, a personalidade e as emoções influenciam na ação do homem dentro do trânsito, pois a agressividade, a impulsividade e o egocentrismo são algumas das características de personalidade que podem causar riscos(4).
Os acidentes de trânsito representam uma importante problemática mundial, pelos altos índices de morbimortalidade que acontecem todos os dias. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, os acidentes começaram a se apresentar como um problema para a sociedade, desde os anos 70, em decorrência do processo de dependência do transporte motorizado, em especial dos automóveis para a mobilidade humana e de mercadorias(5).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,2 milhão de pessoas morreram e 50 milhões ficaram feridas em acidentes automobilísticos em 2002 e 90% das ocorrências foram registradas em países em desenvolvimento(6). A quantidade de vítimas de acidentes de trânsito representa um grave problema de saúde pública, isso, tanto no Brasil, como em diversos países, os jovens, especialmente do sexo masculino, são os que se envolvem em acidentes de trânsito com ferimentos ou mortes(3).
Os acidentes fatais, são apenas a ponta do iceberg, devem ser considerados os acidentes com sequelas e os acidentes que evoluem para recuperação total. As deficiências físicas resultantes de acidentes de trânsito trazem graves prejuízos ao indivíduo (financeiro, familiar, de locação, profissional etc.), e para a sociedade (gastos hospitalares, diminuição de produção, custos previdenciários etc.). As estimativas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), apontam que 6% das deficiências físicas são causadas por acidentes de trânsito no mundo(7).
Embora os prejuízos sejam grandes tanto para população quanto para o sujeito que sofre esses incidentes no trânsito, esses prejuízos não acabam aí, “é um risco porque é uma condição ou uma circunstância que aumenta a probabilidade de qualquer um de nós ficarmos perturbados, ou seja, de desenvolvermos uma psicopatologia”(8).