MODERNIDADE, PÓS-MODERNIDADE E RELAÇÕES DE TRABALHO INFORMAL: Um ensaio a luz da Sociologia

Authors

  • Francisco Alves de Queiroz FADBA

Keywords:

Modernidade. Trabalho. Informalidade

Abstract

Este trabalho discuti a informalidade e a sua relação com a discussão do que é modernidade e pós-modernidade a luz da Sociologia. Uma análise introdutória, superficialmente histórica e dialética que observa a evolução desses fenômenos a partir da revolução industrial e dos pensadores desta época. Para ajudar neste debate apresenta-se os conceitos de sociólogos economistas sobre as temáticas.  Define trabalho precário e modernidade. Nomenclaturas filhas das transformações sociais provocadas pela revolução industrial no século XVIII referem-se a estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa e se tornaram globais. Fica a percepção de que, ao longo de toda a humanidade, os trabalhadores, sejam desempregados, servos, ou escravos, sempre tiveram relações produtivas bastante precárias. Destas relações, no pós revolução industrial, surgiu a informalidade como fenômeno contemporâneo da modernidade, hoje em diversas circunstâncias o informal superou a questão da precariedade e da baixa produtividade, metamorfoseou com o capital, numa ótica marxista, é intrínseco ao sistema, necessário, nunca vai ser integralizado. Os autores marxistas estudados Souza Santos, Chico Oliveira, Giddens e outros argumentam que estamos no limiar de uma nova era, e questiona sobre o que está para além da própria modernidade: um novo tipo de sistema social, "sociedade de informação", "sociedade de consumo", "pós-modernidade", "sociedade pós-industrial". A produção industrial é o eixo das relações de trabalho, emprego e vida dos seres humanos, definiu uma nova relação com a natureza, conflituosa e desarmônica, altamente exploradora e com grandes impactos, provocando desastres naturais e relações de trabalho precárias, desemprego e concentração de renda. A modernidade veio com grandes forças de conflitos, a principal é a separação de tempo e espaço. As explicações teóricas iniciais sobre isto vêm da sociologia, as que derivam dos escritos de Marx, Durkheim e Weber, com a tendência de analisar questão da dinâmica de transformação e a natureza da modernidade. Marx numa vertente econômica afirmou que o que modela o mundo moderno é o capitalismo. Este ponto de vista foi criticado tanto por Durkheim como por Weber. Durkheim, intelectual de gabinete, critica Marx, afinal sua teoria sobre os fatos sociais e seu método de pesquisa são lineares e positivista, defensor da descrição, enumeração e métrica na pesquisa, por opção, viu de longe as transformações da sociedade e as analisou como se estivesse em um laboratório de ciências naturais e julgou que o impulso energizante foi a divisão do trabalho. A crítica de Weber é controversa, pois discordar que o capitalismo molda a sociedade moderna, enfoca a racionalização, os avanços tecnológicos e a organização burocrática e por outro estabelece que a principal função das cidades é uma função de mercado. A divisão do trabalho, a burocracia e a tecnologia estão sob domínio e a serviço da produção capitalista. A modernidade produziu a informalidade dos desempregados, trabalhadores que não tiveram acesso ou simplesmente foram expurgados do processo capitalista/industrial de produção migraram para outras possibilidades de produção. 

Author Biography

Francisco Alves de Queiroz, FADBA

Francisco Queiroz
Economista
Especialista Gestāo Pública
Mestre em Desenvolvimento Regional
Doutorando em Desenvolvimento Regional
(75)9210-8538 / (75)3625-4028

References

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Published

2017-11-21

How to Cite

Queiroz, F. A. de. (2017). MODERNIDADE, PÓS-MODERNIDADE E RELAÇÕES DE TRABALHO INFORMAL: Um ensaio a luz da Sociologia. Revista Formadores, 10(5), 115. Retrieved from https://adventista.emnuvens.com.br/formadores/article/view/923