USO DE MEDICAMENTOS PELA POPULAÇÃO NEGRA NO RECÔNCAVO BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1890Keywords:
Doenças Crônicas, Anti-Hipertensivo, População NegraAbstract
Introdução: Os medicamentos são uma das principais formas de tratamento de diversas condições de saúde, desde doenças crônicas até infecções agudas. Eles podem aliviar sintomas, controlar doenças, prevenir algumas complicações e até mesmo curar certas enfermidades. No entanto, o uso de medicamentos também pode apresentar riscos potenciais, incluindo efeitos colaterais adversos, ansiedade medicamentosa e riscos de dependência, especialmente se forem usados de forma inadequada. É importante que os pacientes entendam os benefícios e riscos associados ao uso de medicamentos e sigam a orientação profissional para garantir um uso seguro e eficaz.
Objetivo: Identificar a prevalência do uso de medicamentos na população negra no Recôncavo Baiano
Método: Este é um estudo transversal, aprovado pelo comitê de Ética da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA), conforme CAAE 45556221.4.0000.0042, realizado na Clínica Escola da FADBA. O estudo abrange indivíduos de ambos os sexos. Foram usados como critérios: idade igual ou maior a 18 anos; pertencentes a qualquer cidade do Recôncavo Baiano, com maior foco na cidade de Cachoeira; pessoas autodeclaradas negras. Participam da pesquisa 296 pacientes, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As informações de cada indivíduo, que sustentam os resultados dessa pesquisa, foram obtidas por meio de entrevista com questionário aplicado.
Resultados (esperados / parciais): Dentre os 296 participantes, 117 (39,5%) fazem uso regularmente de medicamentos. Dos que fazem uso, 91 (77,7%) são do sexo feminino e 26 (22,2%) do sexo masculino; 50 (47,8%) possuem a idade menor ou igual a 39 anos e 67 (57,2%) maior ou igual a 40 anos; 73 (62,3%) possuem a renda menor ou igual um salário mínimo, 41 (35,05%) maior que um salário mínimo e 3 (2,56%) responderam outros; 91 (77,7%) moram em casa própria e 23 (19,6%) moram em casa alugada; 14 (11,9%) contêm menor ou igual 4 anos total de estudo, 83 (70,9%) maior que 4 anos de estudo e 20 (17,1%) outros. As principais classes de medicamentos utilizados pela população estão descritas a seguir: 72 (40,2%) indivíduos fazem o uso de anti-hipertensivos sendo a medicação mais utilizada; 28 (15,6%) fazem uso de contraceptivo hormonal; 18 (10,1%) fazem uso de antidepressivos; 15 (8,4%) uso de antidiabéticos; 14 (7,7%) uso de analgésicos. Os demais pacientes utilizam de forma menos expressivas outras classes farmacológicas, como por exemplo, antialérgico; antiasmático; anticonvulsivantes; benzodiazepínicos; antirretrovirais; antiplaquetário; glicocorticoide; hormônio tireoidiano; estatina; antirreumáticos; antipsicoticos; antidopaminérgico. Na população, os principais agravos das doenças crônicas como diabetes e hipertensão, podem estar ligados a diversos fatores, incluindo obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse e histórico familiar, levando ao uso regular de medicamentos, sendo condizente com proporção da população brasileira. Posteriormente doenças de ordem psicossocial, como a depressão também são bastante acometidas. É importante conhecer o perfil da população, saber quais são os principais agravos que estão presentes na amostra, para que possa ser ofertado um cuidado em saúde de acordo com suas necessidades.
Descritores: Doenças Crônicas; Anti-Hipertensivo; População Negra.
Eixo temático: Ciências da Saúde.