AVALIAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA DIABETES MELLITUS TIPO 2 ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO NO RECÔNCAVO BAIANO

Abstract

O Diabetes Mellitus consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente da deficiência na produção de insulina e/ou na sua ação, ou ainda, por deficiência em ambos os mecanismos. Essa condição clínica representa uma das doenças metabólicas mais comum no mundo e a sua prevalência em adultos vem aumentando nas últimas décadas.¹

Diabetes Mellitus tipo 2 é uma síndrome metabólica multifatorial e complexa que afeta vários sistemas do corpo humano. Isto ocorre em consequência à concentração elevada de glicose no sangue, condição esta que, se não tratada, pode contribuir para o desenvolvimento de outras patologias associadas, como hiperlipidemia, alterações cardiovasculares, cerebrovasculares, degeneração de artérias e nervos, entre outros.²

 Dados da Federação Internacional de Diabetes apontam que 8,8% da população mundial entre os 20 a 79 anos de idade convive com o Diabetes Mellitus, o equivalente a 424,9 milhões de pessoas entre jovens adultos e idosos. Acredita-se que esse dado seja bem maior, em virtude da existência de pessoas que têm a síndrome, mas não tiveram a condição diagnosticada clinicamente, uma vez que o DM pode ser uma condição de saúde assintomática.¹

Em relação ao Diabetes Mellitus tipo 2, fatores ambientais desempenham um papel importante no desenvolvimento dessa condição. A partir da percepção de que, ao ingressar na universidade, o estudante vivencia modificações na sua rotina, a exemplo de mudanças dos hábitos de vida e dos hábitos alimentares, redução da prática de atividade física e aumento do tempo dedicado aos estudos, nota-se que esse cenário favorece o surgimento de fatores de risco para doenças crônicas, a exemplo do Diabetes Mellitus tipo 2.