REPRESENTATIVIDADE RACIAL. PROPAGANDA. CAROL ROMERO.
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1853Keywords:
Representatividade racial, Propaganda, Carol RomeroAbstract
De acordo com um estudo realizado pela agência de publicidade WPP, apenas 10% dos anúncios produzidos em todo o mundo apresentam pessoas de cor em papéis principais ou significativos. Isso é especialmente preocupante considerando que as pessoas de cor[i] representam uma porcentagem significativa da população global. Além disso, muitas vezes as pessoas de cor são retratadas de maneira estereotipada ou prejudicial em anúncios, o que pode perpetuar em preconceitos e racismo (WPP, 2019).
Nesse contexto, é possível apontar a existência de impactos que as empresas causam com as suas propagandas na sociedade. Elas influenciam e persuadem o consumidor ao desejo de compra, mas também lidam com aspectos sociais, como por exemplo a representatividade.
Analisando o cenário brasileiro, o jornal Estado de Minas (2019), relata que apesar do esforço de algumas marcas e da evolução do mercado publicitário no reconhecimento de 56,10% de pessoas de pele negra na população brasileira, pesquisa da Oldversity, divulgado pelo Grupo Chrome, mostra que a publicidade brasileira ainda é racista”.
[i] O termo pessoa de cor (às vezes abreviado PoC em inglês, person of color) [1] é hoje usado principalmente nos Estados Unidos para descrever qualquer pessoa que não seja considerada branca, inclusive em vários pontos da história dos EUA, como afro-americanos, latino-americanos, asiático-americanos, nativo-americanos[2] e outros. O termo enfatiza experiências comuns de racismo institucional. Jackson, Yo (2006). Encyclopedia of Multicultural Psychology. SAGE. Thousand Oaks, CA: [s.n.] ISBN 9781412909488.