“LAYLA A AVENTUREIRA”: A GRATIDÃO COMO HABILIDADE DE BEM-ESTAR PSÍQUICO

Abstract

A gratidão vem sendo um tema de estudo crescente que pode ser abordada a partir de várias perspectivas. O psicólogo Robert A. Emmons professor da UC Davis (Davis, Califórnia) produz pesquisas no campo da psicologia da personalidade, psicologia da emoção e psicologia da religião e este traz concepções acerca da temática conceituando-a como uma virtude, hábito característico individual, reconhecimento, admiração e apreço às situações da vida, mesmo sendo em momentos atravessados por adversidades (EMMONS; SHELTON, 2002). A gratidão está relacionada a capacidade de percepção e constatação de recebimento de um benefício provido por um responsável benfeitor (WATKINS, 2009).

           A gratidão é associada com menores sintomas depressivos (LIN, 2015) e de ansiedade (PETROCCHI; COUYOUMDJIAN, 2016) e está conectada com ajuste psicológico positivo, incluindo maior satisfação com a vida e felicidade (WOOD; JOSEPH; LINLEY, 2007). Também foi comprovado que a gratidão diminui estresse em análises longitudinais (WOOD, MALTBY, GILLETT, 2008). O ato de expressar gratidão aos outros pode facilitar a adaptabilidade a mudanças e melhorar as emoções diárias (ALGOE; ZHAOYANG, 2015).  A gratidão tem uma forte ligação com a fidelidade e podemos ver vários exemplos na bíblia. Geralmente a fidelidade vem como resultado dessa gratidão, assim como no exemplo de Rute; por ser grata a sua sogra por toda bondade e vivência ela a acompanhou em sua trajetória (viúva e sem filhos) indo para uma nova realidade ao invés de voltar para sua família.