A IMPACTO DO ENSINO REMOTO NO DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO NA FASE DE ALFABETIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v16i3.1675Resumo
A pesquisa trata acerca da percepção de professoras quanto ao desenvolvimento motor fino nas crianças em fase de alfabetização em período pandêmico para compreender as consequências que o ensino remoto pode ter ocasionado nesta fase de desenvolvimento dos alunos. A problemática aborda as diferenças no desenvolvimento da coordenação motora fina que as professoras observaram em seus alunos antes do ensino remoto e após a volta das aulas presenciais. Os objetivos são: compreender as mudanças percebidas pelas professoras quanto ao desenvolvimento motor fino de crianças em fase de alfabetização em relação ao período anterior à pandemia e depois, no retorno das aulas presenciais; analisar como ocorre o desenvolvimento motor fino de crianças em fase de alfabetização; perceber as implicações do desenvolvimento motor fino no aprendizado da escrita manual. A metodologia utilizada é bibliográfica, de abordagem qualitativa com pesquisa de campo por meio de entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo. Foram entrevistadas oito professoras alfabetizadoras que acompanharam as crianças após retorno do ensino presencial. Todas as professoras entrevistadas mencionaram existir uma relação direta do desenvolvimento motor fino e a alfabetização da criança e a maioria das professoras confirmou que percebeu dificuldades na coordenação dos alunos, o que exigiu o planejamento e uso de atividades motoras como estratégia pedagógica. Percebeu-se que professoras com mais de cinco anos de trabalho utilizaram número maior de estratégias durante as aulas do que as professoras com menos tempo de experiência docente. Ficou evidenciado que o aprendizado da escrita manual está intimamente ligado a coordenação motora fina e que as dificuldades podem ser superadas através de atividades manuais que estimulam esse desenvolvimento. Também se evidenciou que, de acordo com as entrevistadas, a falta de atenção e concentração dos alunos se agravou após a pandemia.