Abstract
Descobertas arqueológicas feitas no Antigo Oriente Próximo durante os séculos dezenove e vinte revolucionaram o estudo das Escrituras de muitas maneiras e suscitaram novas e desafiadoras questões para os intérpretes. Atualmente é impossível estudar o Antigo Testamento (AT) sem considerar tais descobertas. A decifração dos hieróglifos egípcios, do antigo sumério, acádio, e línguas cananitas nos ofereceu ferramentas que possibilitam a leitura de textos escritos antes de Abrão e em alguns casos, textos compostos durante o período em que viveram os escritores bíblicos. Esta riqueza de material histórico e religioso provê uma boa fonte de pesquisa para ã interpretação da Bíblia. Contudo estas descobertas revelam o que parece ter sido uma íntima relação entre os costumes religiosos dos israelitas e o ambiente religioso do antigo Oriente Próximo. Consequentemente, a questão da peculiaridade da religião israelita, da maneira como é descrita no AT, tomou-se um tema relevante para os pesquisadores. Existem paralelos do antigo Oriente Próximo para a maioria das instituições sociais e religiosas e para muitas das noções religiosas. Estas similaridades assumem relevância crítica quando a questão da revelação e inspiração da Bíblia são abordadas.