ASSOCIAÇÃO DE DUAS TECNICAS DE REPARO TECIDUAL EM UMA EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1969Palavras-chave:
Exodontia, Terceiro molar, Fibrina Rica em Plaquetas e Leucocitos, Laser de Baixa PotenciaResumo
Os terceiros molares também conhecidos popularmente como dente do juízo ou siso, são os últimos dentes a erupcionarem, pois sua odontogênese se completa após o nascimento. O período de erupção geralmente ocorre entre 17 e 25 anos de idade, e nem sempre encontra espaço na arcada dentária, podendo permanecer inclusos ou semi-inclusos. A exodontia de terceiro molar incluso tem se tornado cada vez mais comum nos consultórios odontológicos.
A remoção dos sisos exige atenção dos cirurgiões dentistas pelos riscos e dificuldades operatorias e por possíveis transtornos pós cirúrgicos. Portanto é preciso uma avaliação minuciosa durante anamnese, exames intra e extraoral, exames de imagens e um planejamento cirúrgico adequado, afim de se ter clareza a respeito do procedimento e assim definir a melhor conduta cirurgica a ser seguida.
Atualmente tem-se feito o uso de uma técnica com Fibrina Rica em Plaquetas (PRF), também conhecida por Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos (L-PRF), sendo amplamente utilizado para acelerar a cicatrização de tecidos moles, atenuação da dor, edemas, sangramento e remodelação óssea. Descoberta pelo Dr. Joseph Choukroun, o PRF é obtido por um método que se baseia na retirada de uma amostra sanguínea do próprio paciente, em seguida é feito a centrifugação do sangue onde se origina três camadas em túbulos de ensaio: eritrócitos na porção inferior, buffy coat ao meio (camada que dá origem ao PRF) e plasma pobre em plaquetas na porção superior.
Diferente do coágulo sanguíneo a rede de fibrina formada é mais firme, organizada e resistente que um coágulo sanguíneo comum, promove suporte alveolar e não é facilmente desintegrada.
A odontologia tem desenvolvido técnicas para amenizar dor e incomodo que podem ser gerados durante ou após procedimentos odontológicos, principalmente em procedimentos cirurgicos onde ocorre trauma em tecido osseo e tecido mole da face, região bastante vascularizada. Sendo os tecidos moles revestidos de tecido conjuntivo frouxo, estes aumentam a probabilidade de formação de edema, além de outras manifestações indesejadas, como o trismo e a dor. O uso de laser de baixa intensidade tem se mostrado eficaz e seguro, não farmacológico, de efeito anti-inflamatório, analgésico, restaurador tecidual, reduz a dor, edema e trismo, tornando-se essencial em procedimentos invasivos.