FREQUÊNCIA DE DOENÇAS GINECOLÓGICAS EM UMA POPULAÇÃO NEGRA DO RECÔNCAVO BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1907Palavras-chave:
Doenças ginecológicas, Saúde da mulher, EndometrioseResumo
Introdução: Doenças ginecológicas são patologias que afetam os órgãos reprodutivos da mulher, tanto da genitália externa (clitóris, lábios, vulva e vagina) quanto interna (colo do útero, útero, ovários e tubas uterinas). Dentre as mais comuns estão: endometriose, mioma uterino e cisto ovariano, suas causas podem estar relacionadas à estresse no dia a dia ou hábitos de vida, como relações sexuais desprotegidas, abortos e má higiene feminina. Portanto, essas condições afetam diretamente a saúde da mulher, principalmente a parte reprodutiva e bem-estar, necessitando de cuidado e atenção.
Objetivo: Identificar a prevalência de doenças ginecológicas na população negra do Recôncavo Baiano.
Método: Pesquisa de caráter transversal, analítica e quantitativa, realizada na Clínica Escola do Centro Universitário Adventista do Nordeste, aprovada pelo Comitê de Ética conforme CAAE 45556221.4.0000.0042. Participaram 296 sujeitos, que assinaram previamente o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os participantes eram maiores de 18 anos, moradores do Recôncavo Baiano que residem a mais de 2 anos no local e auto declarados negros. A coleta de dados foi realizada com um questionário que incluiu perguntas sobre a presença de doenças ginecológicas. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 20.0 e apresentados em forma de frequência simples e percentual.
Resultados (esperados / parciais): Dos 296 participantes do estudo, 194 (65,5%) eram mulheres. Dessas, 179 (92,2%) se autodeclararam pretas ou pardas. A idade dos sujeitos de sexo feminino variou de 18 – 72 anos de idade. Uma pequena parcela das mulheres que se autodeclararam negras responderam positivamente à presença de alguma doença ginecológica, num total de 4 mulheres (2,2%). Sobre a presença dessas doenças autorreferidas pelos sujeitos, 2 (1,1%) apresentam miomas; 1 (0,5%) possui endometriose; 1 (0,5%) relatou cistos. Sabe-se que, mulheres negras são mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças ginecológicas. A baixa prevalência dessas doenças pode ser um alerta para a dificuldade dessa população ter acesso à realização de exames diagnósticos, evidenciando a importância de ações em saúde que possam comtemplar as especificidades desse grupo.
Descritores: Doenças ginecológicas; Saúde da mulher; Endometriose.
Eixo temático: Ciências da saúde.