FREQUÊNCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E SEUS AGRAVOS NA POPULAÇÃO NEGRA DO RECÔNCAVO BAIANO

Autores

  • Ana Vitória Ribeiro Teixeira Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Francerese dos Santos Batista Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Aguilar Diônatas Moreira Caetano Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Natã Luis Bertussi Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Raab Gomes Guedes Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Leandro Henrique da Silva Neiva Souto Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Hellen Mercês Silva Soares Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Jônatas Barbosa Fabrício da Silva Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Elenilda Farias de Oliveira Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)
  • Márcia Otto Barrientos Faculdade Adventista da Bahia (FADBA)

DOI:

https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1906

Palavras-chave:

Doença cardiovascular, Saúde pública, População negra

Resumo

Introdução: No Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas possuem alguma doença cardiovascular, sendo considerada a principal causa de morbimortalidade, com aproximadamente 400 mil óbitos por ano. Os problemas cardiovasculares têm grande impacto na saúde pública, haja vista que, é considerado o principal fator de mortes e internações no país, além de também ser fator de risco para outros agravos, como as doenças renais.

Objetivo: Identificar a frequência de doenças cardiovasculares autorreferida na população negra do Recôncavo Baiano.

Método: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado na Clínica Escola do Centro Universitário Adventista do Nordeste, aprovado pelo Comitê de Ética conforme CAAE 45556221.4.0000.0042. Contou com a participação de 296 sujeitos, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os sujeitos eram maiores de 18 anos, autodeclarados negros, moradores do Recôncavo Baiano. A coleta de dados foi realizada com um questionário que incluiu perguntas sobre doenças sistêmicas diagnosticadas, analisados no programa SPSS versão 20.0 e apresentados em forma de frequência simples e percentual.

Resultados (esperados / parciais): Dentre os 296 sujeitos, 194 (65,5%) eram do sexo feminino e 102 (34,5%) do sexo masculino, desses, 273 (92,2%) se autodeclararam pretos ou pardos, 12 (4,0%) eram brancos e 11 (3,7%) não declararam raça/cor. Os participantes tinham idade entre 18 - 81 anos. Uma grande parcela dos que se autodeclararam pretos ou pardos responderam positivamente à presença de alguma doença cardiovascular ou renal, 65 sujeitos (23,8%). Sobre a presença dessas doenças referidas pelos participantes, 54 (19,7%) possuem hipertensão arterial; 5 (1,8%) apresentam cardiopatia; 2 (0,7%) relatam doenças renais; 2 (0,7%) afirmam insuficiência cardíaca; 1 (0,3%) informa dilatação da aorta; 1 (0,3%) tem arritmia. É sabido que, a prevalência de doenças crônicas como, hipertensão arterial, diabetes, dentre outras, são mais prevalentes na população negra. Nos resultados apresentados, percebe-se que a proporção de hipertensão arterial, cardiopatia, doenças renais, insuficiência cardíaca, dilatação da aorta e arritmia na população do Recôncavo está consonante com a proporção dessas enfermidades no cenário nacional. Além disso, conhecer a proporção e frequência dessas doenças na população pode contribuir para a implementação de ações em saúde que possam contemplar as especificidades dessa população.

Descritores: Doença cardiovascular; Saúde pública; População negra.

Eixo temático: Ciências da saúde.

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Publicado

2023-12-01

Como Citar

Vitória Ribeiro Teixeira, A., Santos Batista, F., Diônatas Moreira Caetano, A., Luis Bertussi, N., Gomes Guedes, R., Henrique da Silva Neiva Souto, L., Mercês Silva Soares, H., Barbosa Fabrício da Silva, J., Farias de Oliveira , E., & Otto Barrientos, M. (2023). FREQUÊNCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E SEUS AGRAVOS NA POPULAÇÃO NEGRA DO RECÔNCAVO BAIANO. Revista Formadores, 20(Suplementar), e1906. https://doi.org/10.25194/rf.v20iSuplementar.1906