ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E AS PRINCIPAIS BARREIRAS ENFRENTADAS POR MULHERES SURDAS NO PERÍODO GRAVÍDICO-PUERPERAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25194/rebrasf.v11i2.1650

Palavras-chave:

Surdez, Gravidez, Comunicação, Enfermagem.

Resumo

Introdução: O período gravídico-puerperal é um ciclo natural vivido por mulheres que requer uma atenção especializada visando o cuidado e bem-estar do binômio mãe-bebê. Para um bom resultado a assistência depende de comunicação eficaz entre paciente e equipe de saúde, em especial, a enfermagem. Porém, a boa comunicação entre profissional e paciente não é uma realidade vivenciada por mulheres surdas. Objetivo: Levantar os achados da literatura científica sobre a assistência de enfermagem e principais barreiras enfrentadas pelas mulheres surdas no período gravídico-puerperal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de abordagem qualitativa realizada nas bases BVS e Google Acadêmico, com recorte temporal entre os anos de 2018 e julho de 2022. Resultados: Foram encontrados 614 artigos e selecionados 08, dos quais 01 artigo foi encontrado na BVS, e 06 no Google Acadêmico, além destes, foi acrescentado 01 estudo, encontrado por pesquisa espontânea, devido demonstrar relevância a esta revisão. Análise e Discussão: Após leitura dos 08 estudos na íntegra, evidenciou-se barreiras no atendimento e comunicação do profissional de saúde em relação à necessidade da paciente e as informações que devem ser oferecidas à mulher surda no ciclo gravídico-puerperal. Considerações finais: O atendimento de mulheres surdas no período gravídico-puerperal, necessita de profissionais capacitados na Língua Brasileira de Sinais. A inserção de intérpretes nos atendimentos contribui para uma melhor assistência. Destaca-se por fim, a escassez de pesquisas sobre essa temática, o que aponta a necessidade de estudos que proporcionem informações sobre o contexto e possíveis soluções, para uma assistência mais inclusiva e equânime.

Biografia do Autor

Fagner, Faculdade Adventista da Bahia

Graduando em Enfermagem pela Faculdade Adventista da Bahia (FADBA). Técnico em Enfermagem pela Escola de Qualificação Técnica de Enfermagem de Imperatriz MA. Possui experiência como Técnico em Enfermagem em Hemodiálise. Na graduação, atuou como monitor voluntário nos módulos: Assistência de Enfermagem ao Adulto I na modalidade Problem Based Learning (PBL); Assistência de Enfermagem ao Paciente Crítico; Bases Morfofuncionais II. Idealizador e fundador da Liga Acadêmica Multiprofissional em Nefrologia, na qual atuou como Presidente por 1 ano (2022). Membro do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação, Religião e Saúde (FADBA/2022.2 - presente). Atualmente, monitor voluntário do componente curricular Relações Humanas do curso de Psicologia da FADBA.

Liliany, Faculdade Adventista da Bahia

Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Adventista da Bahia (FADBA). Durante a graduação atuou como monitora dos módulos: Agressão e Defesa II; Assistência de Enfermagem ao Adulto I na modalidade Problem Based Learning (PBL); Assistência de Enfermagem ao Paciente Crítico. Cofundadora da Liga Acadêmica Multiprofissional em Nefrologia, na qual atuou como Diretora Cientifica por 1 ano (2022).

Paula Paulina Costa Tavares, Faculdade Adventista da Bahia

Bacharelado em Enfermagem pela Universidade Tiradentes (2007). Especialização em Saúde Pública pela Faculdade Adventista da Bahia (2013). Mestrado Profissional em Promoção da Saúde pelo Centro universitário Adventista de São Paulo. Atualmente é professora auxiliar - Faculdades Adventistas da Bahia. Com experiência em supervisão de estágio em Atenção Básica, atuação docente em Saúde da Mulher, Saúde Coletiva, Gestão em Saúde Coletiva e Habilidades Básicas em Enfermagem. Orientadora de trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Saúde Coletiva, Saúde da Mulher e Saúde do Adulto.

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Publicado

2023-10-27

Como Citar

dos Santos Ferreira, R., dos Santos Lima, F. dos S. L., da Silva Neres, L. da S. N., Santos da Silva, E., & Costa Tavares, P. P. (2023). ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E AS PRINCIPAIS BARREIRAS ENFRENTADAS POR MULHERES SURDAS NO PERÍODO GRAVÍDICO-PUERPERAL. Revista Brasileira De Saúde Funcional, 11(2). https://doi.org/10.25194/rebrasf.v11i2.1650