AVALIAÇÃO DE PRÁTICAS ALIMENTARES DE ESCOLARES DO RECÔNCAVO BAIANO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Resumo

Introdução: O Brasil adotou medidas sanitárias para conter a disseminação do vírus SARS-CoV-2 e desacelerar o crescimento dos casos, como a interrupção das atividades letivas e permanência prolongada em casa, alterando abruptamente a rotina de crianças e adolescentes. Objetivo: avaliar as mudanças no comportamento alimentar de crianças e adolescentes no período de isolamento social imposto pela pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo transversal de caráter descritivo realizado com estudantes de uma escola da rede privada do Recôncavo da Bahia. Os dados foram coletados por meio de questionário online no Google Forms, com pais/responsáveis dos estudantes. Foram levantadas variáveis socioeconômicas, de estilo de vida, clínicas, antropométricas e dietéticas. Foram calculadas medidas de tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão) para as variáveis contínuas e verificadas as frequências para as variáveis discretas. Resultados: A amostra foi composta por 32 estudantes, renda familiar de até salário mínimo (28,12%) e de 1 a 3 salários mínimos (46,87%) foram predominantes. Prática de atividade física anterior à pandemia (81,25%) da amostra, ao passo, que durante a pandemia o sedentarismo foi de 46,87% e a exposição aumentada a telas esteve presente em 90,62% do público alvo. A ausência de obesidade e comorbidades em 40,62% da amostra. Em contrapartida, a obesidade (18,75%), colesterol alto (9,37%) e outras comorbidades (6,25%). A modificação corporal foi relatada por 56,25% e mudança no consumo alimentar por 75% dos respondentes. Alterações no tipo de alimento consumido ocorreram em 81,25% da amostra, destacando-se aumento de consumo de lanches (68,75%). Conclusão: Algumas mudanças foram identificadas no padrão de atividade física, de saúde e de consumo alimentar na amostra avaliada, indicando o efeito da pandemia qualidade de vida e de saúde de crianças e adolescentes.