A EVIDÊNCIA LINGUÍSTICA E EXTRALINGUÍSTICA PARA A TRADUÇÃO DE ARSENOKOITAI
Abstract
RESUMO
O termo arsenokoitai foi provavelmente cunhado pelo apóstolo Paulo. Por essa razão, sua tradução em 1 Co 6:9 e 1 Ti 1:9-10, suas únicas ocorrências no Novo Testamento, têm enfrentado certas dificuldades. Quatro contextos principais têm sido propostos para o significado de arsenokoitai no corpus paulino: exploração sexual (cafetinagem/prostituição cultual), pederastia, sexo não consensual entre homens (estupro) ou sexo consensual entre homens (homossexualismo). O presente artigo examina o peso da evidência linguística (morfologia e semântica) e literária (contexto histórico, crítica genética, gênero e contexto vital) para a tradução do termo arsenokoitai.
ABSTRACT
The word arsenokoitai was probably created by the apostle Paul. For that reason, its translation in 1 Co 6:9 and 1 Ti 1:9-10 – the only places where it occurs in the New Testament – has become problematic. Four main contexts have been proposed to explain the meaning of arsenokoitai in the Pauline corpus: sexual exploitation (pimping/religious prostitution), pederasty, non consensual sex between men (male rape) or consensual sex between men (homosexuality). This paper examines the weight of the linguistic evidence (morphology and semantics) as well as of the literary evidence (background, genetic criticism, genre criticism and Sitz im Leben) for the translation of arsenokoitai.