CARACTERIZAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
DOI:
https://doi.org/10.25194/rebrasf.v6i3.870Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Força Muscular, ParesiaResumo
INTRODUÇÃO: o acidente vascular cerebral é a segunda causa global de morte e a principal causa de incapacidade. Após o acidente vascular cerebral, há potencial perda da capacidade de gerar quantidades normais de força em músculos dos membros superiores e inferiores bem como do sistema respiratório, condição para limitações em múltiplos aspectos na saúde funcional. OBJETIVO: caracterizar a força muscular respiratória em pacientes pós acidente vascular cerebral de um Centro de Reabilitação Física. MÉTODO: trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, realizado em um Centro de Reabilitação Física de Iguatú - Ceará, com vinte e dois pacientes. A força muscular respiratória foi mensurada por meio de um manovacuômetro com escala de pressão 0 a -300 cmH 2 O e de 0 a 300 cmH 2 O. RESULTADOS: Avaliaram-se 22 indivíduos com idade entre 44 e 73 anos, de ambos os sexos, idade média de 62,1±9,7 anos, peso médio de 64,5±14,8, maioria do sexo feminino 12(54%). Apresentou-se uma pressão inspiratória máxima média de -48,08±30,9 cmH 2 O e Pressão Expiratória Máxima média de 66±21,6 cmH 2 O, evidenciando uma diminuição significativa da força muscular inspiratória e expiratória dos pacientes avaliados quando comparadas aos valores de referência. CONCLUSÃO: Na amostra estudada houve diminuição da resistência dos músculos inspiratórios e expiratórios evidenciada pela diferença significante nas pressões respiratórias máximas em relação aos valores de referência. Tornando-se desejável a implementação de intervenções com o potencial de prevenir morbidades relacionadas a diminuição da função respiratória, por vezes associadas a causas de morte não vascular em pacientes pós acidente vascular cerebral.
Referências
consequências e reabilitação. O portal do Psicólogo, Portugal. [Internet].
2008:1-18 [citado em 2014 Out 22]. Disponível em:
http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0095.pdf
Hachinski V. Stroke and potentially preventable dementias proclamation.
Stroke. 2015; 46: 3039-3040.
Shakir R.; Norrving B. Stroke in ICD-11: the end of a long exile. The
Lancet, 2017; 389(10087): 2373.
Shakir R. The struggle for stroke reclassification. Nature Reviews
Neurology, 2018; 14: 447–448.
Feigin VL, Roth GA, Naghavi M, Parmar P, Krishnamurthi R, Chugh, et
al. Global burden of stroke and risk factors in 188 countries, during
1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease
Study 2013. The Lancet Neurology, 2016; 15 (9): 913-924.
Menezes KK, Nascimento LR, Ada L, Polese JC, Avelino PR, Teixeira-
Salmela LF. Respiratory muscle training increases respiratory muscle
strength and reduces respiratory complications after stroke: a systematic
review. Journal of physiotherapy, 2016; 62(3): 138-144.
Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares. [Internet]. Acesso
em 09 de agosto de 2018. Disponível em:
http://www.sbdcv.org.br/publica_campanhas.asp
Feroldi MM, et al. Efeito de um protocolo fisioterapêutico na função
respiratória de crianças com paralisia cerebral. Rev. Neurociencia. 2011;
19(1):109-114.
Meneghetti CHZ, Figueiredo VD, Guedes CAV, Batistela ACT. Avaliação
da Força Muscular Respiratória em Indivíduos Acometidos por Acidente
Vascular Cerebral. Revista Neurociências. Araras- SP, 2011; 19(1): 56-
60.
Cury LJ, Pinheiro RA, Brunneto FA. Modificações da dinâmica
respiratória em indivíduos com hemiparesia pós-acidente vascular
encefálico. Revista Assobrafir Ciência, 2009; 4: 55-68.
Fiore JF, et al. Pressões respiratórias máximas e capacidade vital:
comparação entre avaliações através de bocal e de máscara facial.
Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2004.
Lemos A, et al. Avaliação da força muscular respiratória no terceiro
trimestre de gestação e no puerpério tardio. Revista Brasileira de
Fisioterapia, Recife-PE, Faculdade Integrada do Recife. 2008; 9(3): 172-
176.
Black LF, Hyatt RE. Maximal respiratory pressures: normal values and
relationship to age and sex. Am Rev Respir Dis. 1969;99(5):696-702.
Moreno MA, Catai AM, Teodori RM, Borges BLA, Cesar MC, Silva E.
Efeito de um programa de alongamento muscular pelo método de
reeducação postural global sobre a força muscular respiratória e a
mobilidade toracoabdominal de homens jovens sedentários. Jornal
Brasileiro de Pneumologia, 2007; 33(6):.679-686.
Costa D, et al. Novos valores de referência para pressões respiratórias
máximas na população brasileira. Jornal Brasileiro de Pneumologia.
2010; 36(3): 306-312.
Joukhadar E, et al. Avaliação da força dos músculos inspiratórios e
expiratórios em indivíduos hemiparéticos adultos idosos e saudáveis.
Revista Brasileira de Fisioterapia, 2004.
Tsukamoto, et al. Análise da independência funcional, qualidade de vida,
força muscular respiratória e mobilidade torácica em pacientes
hemiparéticos submetidos a um programa de reabilitação: estudo de
caso. Revista Ciências biológicas da saúde, 2010; 31(1): 63-69.
Inácio E, et al. Força muscular e padrão respiratório em hemiplégicos
crônicos. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2004; Supl. S92.
Feroldi MM, et al. Efeito de um protocolo fisioterapêutico na função
respiratória de crianças com paralisia cerebral. Rev Neurociencia, 2011;
19(1):109-114.