VIOLÊNCIA COMUNITÁRIA, ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS ENTRE ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.25194/rebrasf.v12i1.1629Palavras-chave:
Saúde Mental; Saúde do Trabalhador; ViolênciaResumo
Objetivo: Analisar se há associação entre a exposição à violência comunitária, fatores sociodemográficos, e a prevalência de transtornos mentais comuns entre estudantes e profissionais da saúde que atuam em Estratégia de Saúde da Família (ESF). Método: estudo epidemiológico, transversal, com amostra aleatória simples, realizado com 66 estudantes e trabalhadores de uma ESF, a partir de questionário sociodemográfico, de violência comunitária e o Self-Reporting Questionnaire SRQ-20. Realizou estatística descritiva, modelos de regressão logística bivariada e multivariada, adotando-se como nível de significância valor de p <0,05. Resultados: A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 60,60% e os pesquisados com maiores chances de apresentarem esses problemas, em níveis de significância estatística, após o modelo de ajuste final foram atuar na ESF como profissionais da saúde (OR=1,46;IC 95%=1,08-1,97), exposição indireta (OR=2,23;IC 95%=1,55-3,39) e direta (OR=2,95;IC 95%= 1,78-4,88) à violência comunitária, raça/cor negra (OR=1,52;IC 95%= 1,04-2,24) e residir na área da ESF (OR=2,14;IC 95%= 1,40-3,27). Conclusão:Diante da elevada prevalência de TMC entre os pesquisados, e sendo as exposições a violência comunitária os fatores que mais impactaram neste desfecho, sugere-se acolhimento desses indivíduos na tentativa de reduzir danos causados pela violência na ESF e implementação de ações de promoção à saúde mental e prevenção de TMC no ambiente de trabalho.