CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE DE POPULAÇÕES QUILOMBOLAS DO RECÔNCAVO BAIANO
DOI:
https://doi.org/10.25194/rebrasf.v9i2.1442Resumen
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar as condições de trabalho em comunidades quilombolas do recôncavo baiano, correlacionando com os processos de saúde-doença. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa/quantitativa exploratória, realizada nas comunidades Mutecho e Opalma, em Cachoeira, Bahia, com a participação de 49 indivíduos. Os dados foram processados no programa SPSS e submetidos à análise descritiva simples. Resultados: Como resultados se destacam as atividades de trabalhador volante da agricultura, empregado doméstico e trabalhador na agricultura de dendê. 67,3% responderam sentir desconfortos durante a jornada de trabalho; o principal foi a dor, seguida de fraqueza e vertigem com duração de mais de 6 (seis) meses. Houve uma alta prevalência de dores musculoesqueléticas entre a população, cuja maioria apontou apresentá-la em mais de um segmento do corpo, podendo existir uma relação direta com o tipo de trabalho, em fase crônica. Conclusões: Concluiu-se que o trabalho gerou uma alta incidência de desconfortos associados, com características de Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho devido à intensa jornada, porém a percepção desses trabalhadores em relação à função que exercem é de que trabalhar é uma forma de manter seu sustento com satisfação e vitalidade.
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