RESPOSTAS DO ESTRESSE OXIDATIVO A UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO FÍSICO EM MULHERES COM EXCESSO DE MASSA CORPORAL: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO.

Resumen

Introdução: O estresse oxidativo está relacionado ao aparecimento de doenças cardiovasculares. Sedentarismo e obesidade predispõem ao aumento da formação de espécies reativas ao oxigênio e a atividade física vem sendo considerada como um fator de redução deste fator.

Objetivo: Avaliar se uma sessão de exercício físico de baixa a moderada intensidade altera o stress oxidativo após 12 horas em mulheres com aumento do peso corporal.

Método: Incluídas 30 mulheres sedentárias com excesso de peso corporal (IMC de 29±4,4kg/m2) divididas aleatoriamente em dois grupos. Após um jejum de 12 horas, as voluntárias fizeram uma primeira coleta de sangue. O grupo experimento foi submetido a uma sessão de exercício físico 12 horas após a primeira coleta de sangue.  As voluntárias do grupo controle e experimento fizeram uma segunda coleta de sangue 24 horas após a primeira. Foram dosados Triglicerídeos, colesterol total, TBARS, carbonilas e sulfidrilas. Foram utilizados teste t para amostras independentes e dependentes e adotando como nível de significância 5%.

Resultados: O exercício físico modificou a resposta de peroxidação lipídica na análise intergrupo (controle = Δ 0,49 (-0,18 - 0,81) vs experimento = Δ-0,09 (-0,58 - 0,21)) (p = 0,02). Na análise intragrupo foi identificado um aumento do TBARS apenas no grupo controle (antes=1,97±0,65; depois=2,28±0,47; p=0,049). Não foram evidenciadas modificações para as sulfidrilas e carbonilas nas análises intra e intergrupo.

Conclusão:  O efeito subagudo do exercício físico de baixa intensidade é capaz de modificar a resposta de peroxidação lipídica, não interferindo na peroxidação proteica e no fator antioxidante.