ANÁLISE MULTIFATORIAL DA MENINGITE NA INFÂNCIA
DOI:
https://doi.org/10.25194/rebrasf.v8i3.1288Resumen
Introdução: O sistema nervoso central é envolvido por membranas denominadas meninges, quando há inflamação dessas membranas tem-se a denominada meningite. Sabe-se que as principais causas relacionadas são de origem viral e bacteriana. Objetivo: Avaliar as taxas de internações e óbitos por meningite na população pediátrica, nos últimos cinco anos, bem como as principais causas na infância e as mais frequentes sequelas encontradas. Metodologia: Trata-se de um estudo secundário e transversal através da análise de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), do Ministério da Saúde, pelo site do Departamento de Informática do SUS para o período dos últimos cinco anos. Resultados: As taxas de internações por meningite na faixa etária pediátrica foram de 57,24% do valor total de internações por esse motivo. A causa bacteriana foi responsável por 75,5% dos óbitos na população pediátrica, a viral por 21,1% e outras causas ou causas não específicas por 3,4%. Pode-se destacar como principais sequelas: déficits neurológicos focais, perda auditiva, comprometimento cognitivo e epilepsia. Discussão: A prevalência de casos de internação por meningite apresentou maiores porcentagens entre as faixas etárias de indivíduos com menos de um ano de idade e entre um e quatro anos. No entanto, apesar da maior incidência de internações na população pediátrica, a idade do paciente no momento do diagnóstico não foi associada à maior mortalidade. Conclusão: A meningite, apesar dos avanços tecnológicos com a implementação da vacina, ainda possui uma alta incidência na população pediátrica sendo a de etiologia bacteriana com pior prognóstico.