Revista Brasileira de Saúde Funcional

O PERFIL FUNCIONAL DE PACIENTES PEDIÁTRICOS INTERNADOS NA UTI DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Axell Lins — 2025-04-28

Introdução: As unidades de terapia intensivas uma área relativamente recente na medicina, surgiram cerca de 50 anos atrás, por volta de 1980, para o cuidado a crianças em estado crítico de saúde. A nível epidemiológico é de suma importância o descobrimento de padrões de eventos em relação à saúde e posteriormente ao tratamento desse paciente.Objetivo: Avaliar o nível de funcionalidade de pacientes críticos pediátricos na admissão e na alta da unidade de terapia intensiva pediátrica. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, observacional, transversal, analítico e coorte, com pacientes críticos no período de 2021 à 2022. Foi avaliado status funcional na admissão e alta através da escala Functional Status Scale in Intensive Care Unit, idade gestacional em caso de prematuros, peso, doenças adquiridas durante a gestação, motivo da internação. Resultados: 61 crianças do gênero feminino e 80 masculinos foram selecionadas, menores 01 ano e acima de 10 anos. Indivíduos entre 01 e 02 anos, sendo 47,54% feminino e 41,25% do gênero masculino, a média de idade foi de 3,61, com estatura 86,83cm. A pneumonia (p=0,0035) demonstrou-se a patologia mais prevalente ocasionando maior comprometimento funcional. Conclusão: Os dados obtidos em nosso estudo podem ser comparados aos reportados para outras UTIP do Brasil e do mundo, considerando as diferenças populacionais. Os resultados encontrados são semelhantes as de outros centros de saúde.

EXPERIÊNCIAS DA ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM COMUNIDADES COMPASSIVAS DE FAVELAS

JOSETE Lima Cavalcante — 2025-04-28

RESUMO: Objetivo: Descrever a atuação do Serviço Social na assistência aos pacientes idosos em cuidados paliativos na Comunidade Compassiva de favela. Método: Trata-se de um relato de experiência profissional sobre a atuação do serviço social na assistência aos pacientes idosos em cuidados paliativos em uma comunidade compassiva de favela. Resultados: Os desafios observados nos territórios de favelas requerem da assistente social mais tempo de articulação social, dentro e fora deste cenário. O contato direto e constante com os pacientes da comunidade compassiva e com os agentes locais (moradores voluntários do projeto) minimiza essa barreira; sendo imprescindível a articulação com os dispositivos de saúde e assistência social presentes nesses locais. Discussão: Os pacientes idosos elegíveis ao projeto Comunidade Compassiva são, na grande maioria, acometidos de câncer avançado diagnosticados tardiamente. As demandas sociais variam devido a falta de conhecimento sobre os possíveis serviços e dificuldade de acesso aos direitos sociais. Por sua vez, é evidente a necessidade de assistência para tais indivíduos, e seus familiares que vivenciam condições mínimas de sobrevivência. Considerações finais: Desse modo, é importante oferecer conhecimentos que possam ser multiplicados nos territórios de atuação da Comunidade Compassiva a fim de minimizar os agravos da falta de assistência. A partir de uma escuta atenciosa, e livre de preconceitos, é possível desenvolver habilidades profissionais para atuar em diferentes contextos com a finalidade de promover uma assistência de qualidade.

IMPACTO DA DOR, ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA FALCIFORME

Lilian Becerra de Oliveira — 2025-04-28

RESUMO

Introdução: A doença falciforme (DF) é a hemoglobinopatia mais comum no mundo. A polimerização da hemoglobina leva à rigidez eritrocitária e vaso-oclusão, o que leva a dores e outras alterações no corpo, afetando gravemente a qualidade de vida (QV). Objetivo: Analisar o impacto dos pontos gatilhos, intensidade da dor, Catastrofização, Sensibilização Central (SC), Ansiedade e Depressão na QV de adultos com DF. Método: Trata-se de um estudo descritivo transversal. Foram coletados dados sociodemográficos e aplicou-se o Inventário de Sensibilização Central Português-Brasileiro, o Inventário Breve de Dor, a Escala Hospitalar de Ansiedade/Depressão, a Escala Portuguesa de Catastrofização da Dor e o Short Form Health Survey 36. A análise estatística foi feita para definir associações (Qui-quadrado ou Exato de Fisher) e correlação (teste de correlação de Pearson). O nível alfa foi de 5% e o beta de 80%. Resultados: Participaram 100 indivíduos, com genótipos HbSS/HbSC. 69% eram mulheres. Idade 34,14+10,12 anos. Intensidade da dor 4,20+2,67; 71% apresentavam dor crônica; 60% apresentaram dor generalizada; 59% tiveram sensibilização central (SC); 33% tinham Ansiedade; e 18% tiveram Depressão. O menor escore médio de QV foi para o domínio de Aspecto Físico (35,55+40,16). Ansiedade, intensidade da dor, SC e Catastrofização correlacionaram-se com todos os domínios da QV. A ansiedade e a SC apresentaram influência negativa significativa sobre o domínio Saúde Mental (F(2,95)=43,014 p<0,001; R2 ajustado=0,464), explicando 46,6% do desfecho. A catastrofização e a SC tiveram influência negativa significativa no Estado Geral de Saúde (F(2,95)=21,592 p<0,001; R2 ajustado=0,298), explicando 29,8% do desfecho; e Ansiedade, Dor em membros inferiores e Depressão tiveram influência negativa significativa no domínio Dor (F(2,95)=15,207 p<0,001; R2 ajustado=0,270), explicando 27% do desfecho. Conclusão: Ansiedade, Depressão, Catastrofização e SC são fatores significativos que impactam a QV. Numa população de indivíduos com DF, o objetivo principal é o controle da dor, o que leva à dor crônica afetando diretamente esses preditores e, inevitavelmente, a QV.

Palavras-chave: Doença Falciforme, Qualidade de vida, Sensibilização central, Catastrofização, Depressão, Ansiedade.

REPERCUSSÕES DA VIVÊNCIA ACADÊMICA NA SAÚDE MENTAL DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Layla Saluanne Barbosa dos Santos — 2025-04-28

Objetivo: descrever as repercussões da vivência acadêmica na saúde mental dos estudantes de enfermagem de uma universidade pública. Metodologia: pesquisa de natureza descritiva e de abordagem qualitativa, em que participaram estudantes de enfermagem e utilizou-se a entrevista semi-estruturada e a Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados e discussão: Teve-se a participação de oito estudantes de Enfermagem, entre o 3º e o 8º semestre, sendo seis do sexo feminino e dois do sexo masculino, a idade variou entre 20 a 37 anos. Os problemas de saúde mental estão relacionados diretamente com a mudança social e as políticas de bem-estar biopsicossocial. Considerações Finais: percebeu-se a visão dos estudantes sobre a universidade, bem como seu entendimento sobre saúde mental e as mudanças que ocorreram em suas vidas após a entrada na universidade.

PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE SOBRE O USO DOS DERIVADOS DA Cannabis sativa PARA TRATAMENTOS PSIQUIÁTRICOS

Luana dos Reis Nunes — 2025-04-28

A Cannabis sativa tem sido explorada como uma opção de tratamento para condições psiquiátricas, devido às propriedades apresentadas por seus metabólitos, especialmente os canabinoides. O canabidiol (CBD) é um dos canabinoides mais estudados e com grande potencial terapêutico, atuando como ansiolítico, antidepressivo, antipsicótico, anticonvulsivante e anti-inflamatório. Uma das principais vantagens deste composto é não apresentar efeitos entorpecentes. Mesmo com sua eficácia terapêutica comprovada para várias patologias, sua utilização clínica ainda é um obstáculo. O presente estudo tem como objetivo analisar a percepção dos estudantes da área da saúde em relação ao uso do canabidiol para tratamentos psiquiátricos. Trata-se de um estudo de campo com enfoque exploratório com dados quantitativos, a pesquisa foi realizada a partir de um questionário com os estudantes dos cursos de graduação da área da saúde no Centro Universitário do Recôncavo da Bahia. A pesquisa foi avaliada por um Comitê De Ética Em Pesquisa com o parecer de Nº 6.339.318, logo em seguida foi iniciado a pesquisa, os dados foram obtidos, organizados e tabulados. Foi notório a percepção dos alunos sobre o uso medicinal e recreativo, e de como eles lidam com uso dos derivados da planta para tratamentos psiquiátricos. Porém, ainda é necessária trazer ao âmbito acadêmico a utilização de plantas medicinais, evidenciando seus efeitos benéficos e maléficos, tendo em vista que testes apresentaram resultados significativos em relação a C. sativa na psiquiatria.

OSTEOTOMIA MODIFICADA PARA REMOÇÃO DE UNIDADE DENTÁRIA ECTÓPICA RETIDA NA MANDÍBULA: RELATO DE CASO.

ALBERT LUBKI WAGMACKER — 2025-04-28

Introdução: Dentes ectópicos são descobertos em sua maioria em exames radiográficos de rotina, possuem etiologia incerta e pouco descrita na literatura. O molar inferior ectópico não foge à regra dos demais, sua localização pode variar podendo ser encontrado em: côndilo mandibular, processo coronóide e corpo mandibular. Nesses tipos de casos, pode-se optar por realizar acompanhamento ou intervir. Caso a intervenção cirúrgica seja a opção de tratamento e tendo em vista a complexidade deste tipo de posicionamento dentário, é crucial o planejamento cirúrgico bem elaborado evitando assim as intercorrências trans e pós cirúrgicas. Objetivo: relatar o caso clínico de uma osteotomia modificada para remoção de unidade dentária ectópica retida na mandíbula. Apresentação do caso: paciente masculino, 21 anos, buscou o serviço de Clínica e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Otorrinos - Feira de Santana – Bahia para remoção de unidades retidas ectópicas 47 e 48. O procedimento cirúrgico foi realizado por acesso intra-oral em ambiente hospitalar sob anestesia geral. Uso do piezoelétrico para osteotomia e odontossecção, e síntese com enxertos autógenos e xenógenos juntamente com placas e parafusos de titânio. Resultados: O paciente evoluiu sem intercorrências além do esperado, como edema controlado, trismo e parestesia, que durou apenas uma semana. Conclusão: o planejamento individualizado e a utilização de técnicas modernas possibilitaram um melhor prognóstico para o caso.

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO DESMAME PRECOCE DO ALEITAMENTO MATERNO

Fagner dos Santos Lima — 2025-04-28

Introdução: O aleitamento materno é considerado a forma ideal de nutrição infantil, especialmente nos primeiros meses de vida. Contudo, o desmame precoce, definido como a interrupção do aleitamento antes dos seis meses de vida, ainda é comum e pode resultar em diversas complicações de saúde para a criança. Fatores como retorno ao trabalho, dor durante a amamentação e falta de suporte social contribuem para o desmame precoce, impactando negativamente a saúde e o desenvolvimento infantil. Objetivo: Identificar e analisar as principais complicações associadas ao desmame precoce do aleitamento materno e seus efeitos na saúde infantil. Método: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura entre outubro e novembro de 2024, com pesquisas nas bases SciELO, BVS e PubMed, utilizando descritores relacionados a aleitamento materno, desmame e complicações associadas, como doenças respiratórias e infecções. A seleção final resultou em quatro artigos publicados entre 2019 e 2024, analisados com base na abordagem metodológica e relevância para o tema. Resultados: Dos 1354 artigos encontrados, após critérios de inclusão e exclusão, quatro estudos foram selecionados, abrangendo países como Dinamarca, Paquistão e Estados Unidos. Os estudos analisaram amostras de crianças com idades de seis meses a cinco anos, indicando que o desmame precoce está associado a um aumento na incidência de infecções respiratórias, alergias e deficiências nutricionais. Conclusão: O desmame precoce do aleitamento materno representa um importante risco à saúde infantil, com prevalência de complicações que comprometem o desenvolvimento e aumentam a carga para o sistema de saúde pública. A promoção do aleitamento materno prolongado e o suporte adequado às mães são essenciais para prevenir essas complicações e melhorar a qualidade de vida das crianças.

INFLUÊNCIA DO GLÚTEN E CASEÍNA NO COMPORTAMENTO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

MARILIA RODRIGUES — 2025-04-28

Resumo: Introdução: O transtorno do espectro autista é uma síndrome que se manifesta na infância e perdura até o final da vida do indivíduo. Apesar de não haver cura, tratamentos multiprofissionais têm mostrado bons resultados, destacando-se a alimentação como uma das principais aliadas. No entanto, a alimentação inadequada pode causar efeitos negativos no comportamento e gerar desconfortos abdominais no indivíduo. Portanto, faz-se necessário abordar o efeito da alimentação no comportamento do autista e explanar as possíveis mudanças de humor e desconfortos abdominais com o uso de alimentos inadequados para o consumo. Objetivo: Analisar por meio de revisão de literatura o comportamento do autista no uso de proteínas. Métodos: A pesquisa baseia-se em revisão bibliográfica realizada nas bases: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Acadêmico, Scielo e PubMed e LILACS. Com recorte temporal entre 2010 e 2020. Fevereiro a dezembro de 2021 os descritores utilizados nas buscas foram nutrição, autismo e alimentação. Resultados: Para realização da pesquisa foram encontrados 25 artigos e utilizados 15, levando em consideração alguns critérios de inclusão e exclusão: artigos completos publicados, artigos completos que abordassem o tema da pesquisa em idiomas português, inglês e espanhol, artigos publicados nos últimos 10 anos. E critério de exclusão: artigos incompletos, artigos que não abordassem o tema da pesquisa em idioma português, inglês e espanhol. E artigo que não se enquadrasse no recorte temporal. Pôde-se constatar que treze dos artigos foram publicados em periódicos estrangeiros e três artigos publicados em periódicos nacionais. Foram apontados que no momento da digestão de glúten e caseína ocorre alteração da permeabilidade intestinal concebida devido a inflamação, e assim perpassa a barreira hematoencefálica, que influencia nas alterações do sistema nervoso central e entérico. Conclusão: O consumo destas proteínas desencadeia alterações na permeabilidade intestinal, provocando modificações no sistema nervoso central do autista. Existe uma influência da alimentação sobre os padrões comportamentais e transtornos gastrointestinais dos autistas, é importante que a alimentação do autista seja exclusiva e individualizada.

Palavras-chave: Autismo; Nutrição; Proteína.

Práticas de Auditoria em Saúde Baseadas em Dados em Sistemas Tecnológicos para Garantia de Padrões de Qualidade: Uma Revisão de Literatura

Sarah Souza Pontes — 2025-04-28

Resumo: Introdução: A qualidade na saúde é definida como a capacidade de proporcionar o maior benefício ao paciente com o menor custo e risco possível. Para ofertar os cuidados de modo seguro e eficaz, são empregadas ferramentas específicas capazes de garantir que os serviços de saúde correspondam às métricas de qualidade e confiabilidade, contribuindo para o aperfeiçoamento do serviço. Nesse sentido, a Auditoria em saúde opera prevenindo e identificando falhas, ampliando a qualidade da informação, possui a capacidade de reduzir custos, de ofertar novas oportunidades, e de diminuir concomitantemente, a ocorrência de erros futuros. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo investigar as primordiais práticas de auditoria em saúde, que utilizem dados de sistemas tecnológicos da informação e comunicação. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, com abordagem descritiva, na base de dados MEDLINE e Pubmed utilizando as palavras-chave "(AUDIT) AND (DATA) AND (QUALITY) AND (TECHNOLOGY)" por ano, de 2019 a 2024. Os critérios de inclusão foram artigos com texto completo, gratuito, que abordassem a temática, obtendo como amostra final 22 artigos. Resultados: Foram incluídos 9 (nove) artigos para tabulação de dados, após o processo de seleção. Discussão: As pesquisas demonstram a importância de estratégias eficazes para garantir a qualidade do atendimento e minimizar os riscos aos pacientes. Conclusão: A auditória em saúde baseada em dados e sistemas tecnológicos demonstra ser uma estratégia para redimensionar e redirecionar correções e melhorias, em cada um dos procedimentos de atenção, visando a qualidade, segurança e humanização da assistência.

Palavras-chave: Auditoria e Dado e Qualidade e Tecnologia

ANSIEDADE, DEPRESSÃO OU OUTROS TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS EM PACIENTES OSTOMIZADOS:

Fagner dos Santos Lima — 2025-04-28

Objetivo: Identificar a ocorrência de ansiedade, depressão ou outros transtornos psicológicos em pacientes ostomizados relatada na literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada entre novembro e dezembro de 2024. Foram consultadas as bases SciELO, BVS e PubMed seguindo os descritores. A seleção incluiu 13 estudos publicados entre 2014 e 2024 que analisaram transtornos psicológicos em pacientes ostomizados. A triagem foi realizada por meio da plataforma Rayyan. Resultados: Após análise, 13 artigos atenderam aos critérios de inclusão. Os achados evidenciaram a presença de sofrimento psicológico como um dos aspectos mais prevalentes em pacientes ostomizados, frequentemente associado a distúrbios da imagem corporal. Outros sintomas relatados incluem humor deprimido e pensamentos de automutilação, que em casos mais graves podem evoluir para ideação suicida. Além disso, foram identificadas altas taxas de ansiedade e depressão. A ansiedade foi reportada como um dos transtornos mais prevalentes, afetando até 100% dos pacientes em algumas amostras, enquanto a depressão mostrou prevalências variando de 38,86% a 88,4% Análise e Discussão: Os resultados indicam associação significativa entre transtornos psicológicos e a presença de estomas, influenciando qualidade de vida e imagem corporal. Estudos reforçam a necessidade de suporte psicológico contínuo, especialmente nos primeiros meses pós-operatórios. Conclusão: A alta prevalência de ansiedade e depressão em pacientes ostomizados exige intervenções multidisciplinares e políticas públicas que priorizem o cuidado integral desses pacientes, abordando tanto aspectos físicos quanto emocionais.

DEPRESSÃO, SINTOMAS DEPRESSIVOS EM MULHERES VIVENDO EM SITUAÇÃO PRISIONAL

WENDEL DA SILVA VIANA — 2025-04-28

Objetivo: investigar evidências científicas acerca da prevalência de depressão e sintomas depressivos em mulheres que vivem em situação prisional. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura a partir de artigos publicados nas bases de dados eletrônicas Pubmed, MEDLINE, LILACS e SCIELO entre os anos de 2014 a 2023, disponíveis em inglês e português. Resultados: os resultados apontam que a prevalência de depressão e sintomas depressivos variou de 7,5% a 67,5% nas populações investigadas, estando associados à ocorrência de violência física prévia, ao envolvimento com trabalho sexual, o uso de substâncias ilícitas e à ausência de vínculos familiares. Além disso, observou-se a ocorrência de outras desordens mentais, tais como: transtorno de ansiedade (33,33%), transtorno de estresse pós-traumático (22,22%) e abuso de substâncias (22,22%). Conclusão: verifica-se uma considerável prevalência de depressão e sintomas depressivos entre mulheres vivendo em situação prisional. Cabe salientar que a compreensão da prevalência pode servir de elemento bússola para o planejamento de ações e políticas públicas. Torna-se fundamental o desenvolvimento de estratégias de cuidado que possam assegurar melhores condições de saúde mental para essa população.