TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: TERAPÊUTICAS, ADESÃO AO TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Autores

  • Roquelina Câmara Silva Faculdade Maurício de Nassau - campus mercês. Salvador (BA)
  • Vanessa Cruz Santos Instituto de Saúde Coletiva/Universidade Federal da Bahia(ISC/UFBA)
  • Akemy Brandão Mochizuki Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia (PPG-PSI/UFBA)
  • Karla Ferraz dos Anjos Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

DOI:

https://doi.org/10.25194/rebrasf.v5i1.848

Palavras-chave:

Transtorno Afetivo Bipolar, Tratamento, Assistência de enfermagem

Resumo

o transtorno afetivo bipolar é responsável por elevados índices de morbidade e mortalidade. A ocorrência deste transtorno está relacionada a fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicossociais, e poderá ser reduzida a partir das terapêuticas, adesão do individuo com o transtorno ao tratamento e com a assistência de enfermagem. Sendo assim, torna-se relevante a realização de estudos sobre esta temática. Neste sentido, objetivou-se analisar o que a literatura aborda sobre as terapêuticas, adesão ao tratamento e a assistência de enfermagem á pessoa com transtorno afetivo bipolar. Trata-se de uma revisão de literatura, realizada nas bases de dados Lilacs e SciELO. Os descritores utilizados foram: transtorno bipolar, tratamento e assistência de enfermagem. Os resultados apontaram que entre as terapêuticas identificadas nos artigos, estavam a farmacológica e a não farmacológica, como a psicoeducação, terapia cognitivo-comportamental e a eletroconvulsoterapia, sendo que a farmacológica foi mais citada. Fatores como os efeitos colaterais das medicações, sintomas de melhora e desmotivação do indivíduo com o transtorno dificultam a adesão ao tratamento. A contribuição da enfermagem no tratamento ao indivíduo com transtorno afetivo bipolar é fundamental e sua assistência inclui a comunicação terapêutica do enfermeiro com a pessoa com o transtorno, a família e a comunidade a qual ele se insere. Concluiu-se que há uma lacuna sobre as terapêuticas não farmacológicas que podem ser utilizadas no tratamento do transtorno afetivo bipolar e sobre a assistência de enfermagem à pessoa com este transtorno. Logo, sugere-se ampliação desta temática na produção científica, que poderá contribuir para construção de estratégias especificas de tratamento para essas pessoas.

Biografia do Autor

Roquelina Câmara Silva, Faculdade Maurício de Nassau - campus mercês. Salvador (BA)

Estudante do curso de enfermagem, Faculdade Maurício de Nassau - campus mercês

Vanessa Cruz Santos, Instituto de Saúde Coletiva/Universidade Federal da Bahia(ISC/UFBA)

Enfermeira,Doutoranda em Saúde Públicas do Instituto de Saúde Coletiva/Universidade Federal da Bahia(ISC/UFBA)

Akemy Brandão Mochizuki, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia (PPG-PSI/UFBA)

Psicóloga, Mestre em Psicologia do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia (PPG-PSI/UFBA)

Karla Ferraz dos Anjos, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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Publicado

2017-06-13

Como Citar

Silva, R. C., Santos, V. C., Mochizuki, A. B., & dos Anjos, K. F. (2017). TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: TERAPÊUTICAS, ADESÃO AO TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. Revista Brasileira De Saúde Funcional, 5(1), 10. https://doi.org/10.25194/rebrasf.v5i1.848