PRINCIPAIS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS NA TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25194/rebrasf.v12i2.2117

Palavras-chave:

Cardiopatias Congênitas, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Recém-Nascido, Cuidados de Enfermagem

Resumo

As Cardiopatias Congênitas (CC) comprometem a hemodinâmica cardiovascular e configuram-se como as malformações congênitas mais frequentes e com alta taxa de morbimortalidade. Desta forma, a enfermagem possui um papel preponderante na terapia intensiva neonatal, uma vez que atua diretamente nos cuidados intensivos integrado ao conforto do recém-nascido, com habilidades técnico-científicas e priorizando o atendimento humanizado. Objetivo: Compreender frente a literatura quais as CC acometem os recém-nascidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, e como procede a assistência de enfermagem. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura com abordagem qualitativa, realizada em agosto de 2022, nas bases de dados: SciELO, LILACS, PubMed e MEDLINE por meio dos descritores: Cardiopatias Congênitas; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal; Recém-Nascido e Cuidados de Enfermagem, combinados pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. Os critérios para inclusão foram artigos publicados entre 2017 a 2022, com texto completo, nos idiomas português e inglês, e que abordassem a temática, obtendo como amostra final 5 artigos. Resultados: As principais CC identificadas foram Comunicação Interatrial, Comunicação Interventricular, Estenose Pulmonar e Persistência do Canal Arterial. Em relação ao perfil clínico, houve predominância no sexo masculino, prematuridade, baixo peso ao nascer, pequeno para idade gestacional, e necessidade de procedimentos invasivos com ênfase na ventilação mecânica. Considerações Finais: Conclui-se que é necessário estudos mais aprofundados e recentes, que tragam informações atualizadas sobre o conhecimento das cardiopatias, o perfil dos neonatos, os tratamentos disponíveis, bem como os diagnósticos e cuidados prestados a esses pacientes, pois a falta dessas informações gerou limitações a este estudo.

Biografia do Autor

Ionara Ferreira de Sousa, Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE

Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE, Cachoeira, Bahia, Brasil.

Samara Trindade de Almeida Sena Mendes, Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE

Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE, Cachoeira, Bahia, Brasil.

Kauan Alcântara Teixeira de Menezes, Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE

Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE, Cachoeira, Bahia, Brasil.

Jailson Vieira Machado, Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE

Mestre em Tecnologias em Saúde pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP; Docente do curso de Enfermagem do Centro Universitário Adventista do Nordeste – UNIAENE, Cachoeira, Bahia, Brasil.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Síntese de evidências para políticas em saúde: diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas. Brasília: MS; 2017.

Lima TG, Silva M de A da, Siqueira SMC. Diagnóstico e cuidados de enfermagem ao neonato com cardiopatia congênita. Rev. Soc. Cardiol. Estado de São Paulo, 15 mar. 2018. Disponível em: https://brutus.unifacol.edu.br/assets/uploads/base/publicados/5182ea407c2c42de91cac161c3895db7.pdf. Acesso em: 22 jun. 2023.

Linhares IC, Gonçalves MH, Pinto PM, Machado M da S, Almeida MS de, Brum LS. Importância do diagnóstico precoce das cardiopatias congênitas: uma revisão integrativa. REAC, 31 ago. 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/cientifico/article/view/8621/5307. Acesso em: 22 jun. 2023.

Vianna TA, Rodrigues NM, Ferreira BCA, Nogueira LRD, Lima FN de, Chícharo SCR, et al. Ações de enfermagem na cardiopatia congênita. Glob Acad Nurs. 2021;2(Spe.3):e168. DOI: 10.5935/2675-5602.20200168

Silva ACSS da, Souza SL de, Almeida LM de M, Góes FGB, Knupp VM de AO, Bonifácio MCS. Clinical-epidemiological characterization of children and adolescents with congenital heart disease / Caracterização clínico-epidemiológica de crianças e adolescentes portadores de cardiopatia congênita. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online), 01 jun. 2021;13:717–23. DOI: 10.9789/2175-5361.rpcfo.v13.953

Soares AM. Mortalidade em Doenças Cardíacas Congênitas no Brasil - o que sabemos? Arq. Bras. Cardiol. 18 de janeiro de 2021;115:1174–5. DOI: 10.36660/abc.20200589

Koszma EIA, Bispo AJB, Santana IA de O, Santos CNODB dos. USE OF OFF-LABEL MEDICATIONS IN A NEONATAL INTENSIVE CARE UNIT. Rev paul pediatr. 2021;39:e2020063. DOI: 10.1590/1984-0462/2021/39/2020063

Prazeres LEN dos, Ferreira M de NGP, Ribeiro MA, Barros BTD, Barros RLM, Ramos CS, et al. Atuação do enfermeiro nos cuidados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal: Revisão integrativa da literatura. Res., Soc. Dev. 2021;10(6):e1910614588. DOI: DOI: 10.33448/rsd-v10i6.14588

Gomes DF, Moita MP, Dias MSA, Fernandes MC, Diniz JL. PAPEL DO ENFERMEIRO NO CUIDADO INTENSIVO NEONATAL NO BRASIL. Essentia (Acarau). 2019;20(1):88-95. DOI: 10.36977/ercct.v20i1.239

Souza MT de, Silva MD da, Carvalho R de. Integrative review: what is it? How to do it? Einstein (Online). março de 2010;8(1):102–6. Diponível em: https://journal.einstein.br/wp-content/uploads/articles_xml/1679-4508-eins-S1679-45082010000100102/1679-4508-eins-S1679-45082010000100102-pt.pdf?x56956. Acesso em: 15 mar. 2022.

Teixeira E, Medeiros HP, Nascimento MHM, Silva BAC e, Rodrigues C. Integrative literature review step-by-step & convergences with other methods of review / Revisão Integrativa da Literatura passo-a-passo & convergências com outros métodos de revisão. REUFPI. 2013;2(5):3–7. DOI: 10.26694/reufpi.v2i5.1457

Guimarães HCQCP, Pena SB, Lopes JL, Guandalini LS, Gamba MA, Barros ALBL de. Evidências científicas sobre as úlceras de pernas como sequela da hanseníase. Acta paul enferm. outubro de 2019;32(5):564–70. DOI: 10.1590/1982-0194201900078

Souza PC de, Gigoski VS, Etges CL, Barbosa L da R. Achados da avaliação clínica da deglutição em lactentes cardiopatas pós-cirúrgicos. CoDAS. 1 mar. de 2018;30:e20170024. DOI: 10.1590/2317-1782/20182017024

Sena G de S, Sampaio SSS, Torres VB, Azevedo IG, Arrais NMR, Bezerra IFD, et al. Characteristics of Congenital Heart of Premature Newborns. J Health Scie. 24 set. de 2019;21(3):193–7. DOI: 10.17921/2447-8938.2019v21n3p193-197

Nascimento ARF do, Leopoldino RWD, Santos MET dos, Costa TX da, Martins RR. DRUG-RELATED PROBLEMS IN CARDIAC NEONATES UNDER INTENSIVE CARE. Rev paul pediatr. 13 jan. de 2020;38:e2018134. DOI: 10.1590/1984-0462/2020/38/2018134

Özer Bekmez B, Alyamaç Dizdar E, Okur N, Büyüktiryaki M, Uraş N, Oğuz SS. Does prenatal diagnosis of critical congenital heart diseases influence the prereferral mortality in a center without surgical intervention? J Matern Fetal Neonatal Med. outubro de 2019;32(20):3431–4. DOI: 10.1080/14767058.2018.1465551

Chu PY, Li JS, Kosinski AS, Hornik CP, Hill KD. Congenital heart disease in premature infants 25 to 32 weeks gestational age. J Pediatr. fevereiro de 2017;181:37-41.e1. DOI: 10.1016/j.jpeds.2016.10.033

Belo WA, Oselame GB, Neves EB. Perfil clínico-hospitalar de crianças com cardiopatia congênita. Cad saúde colet. 7 jul. de 2016;24:216–20. DOI: 10.1590/1414-462X201600020258

Souza IF de, Martinez EJJ, Negreiros DS, Souza AR de, Pereira LC. Epidemiologia da mortalidade pediátrica por malformações cardíacas congênitas na região norte do Brasil, no período de 2011 a 2018. Rev. Patol. Tocantins. 637716672000000000;8(3):115–9. DOI: 10.20873/uft.2446-6492.2021v8n3p115

Grassi MS, Montenegro M, Zanardo EA, Pastorino AC, Dorna MB, Kim C, et al. Investigação Citogenômica de Crianças com Doença Cardíaca Congênita: Experiência de um Centro no Brasil. Arq Bras Cardiol. 21 fev. de 2022;118:61–7. DOI: 10.36660/abc.20190894

Carmo LA do, Barbosa SE da S, Filho ORDM, Medeiros RLSFM de, Quental OB de. Perfil clínico e epidemiológico das crianças com cardiopatias congênitas atendidas pela rede de cardiologia pediátrica pernambuco-paraíba. Rev. Interdiscip. Saúde. 2017;5(1):132-149. Disponível em: https://interdisciplinaremsaude.com.br/Volume_17/Trabalho_12.pdf. Acesso em: 25 jun. 2023.

Soares ACHAM. Perfil epidemiológico de crianças com cardiopatias congênitas internadas em hospital de referência em Pediatria do Distrito Federal. HRJ. 5 jun. 2020;1(5):62-74. DOI: 10.51723/hrj.v1i5.87

Cappellesso VR, Aguiar AP de. Cardiopatias congênitas em crianças e adolescentes: caracterização clínico-epidemiológica em um hospital infantil de Manaus-AM. Mundo Saúde. 2017;41(2):144-153. DOI: 10.15343/0104-7809.20174102144153

Neves RAM da S, Felicioni F, Ribeiro R de S, Afonso ACB, Souza NB de. Cardiopatias Congênitas: manifestações clínicas e tratamento. Rev. cient. (Paracatu). 2020;12(1). Disponível em: http://www.atenas.edu.br/uniatenas/assets/files/magazines/CARDIOPATIAS_CONGENITAS_manifestacoes_clinicas_e_tratamento.pdf. Acesso em: 26 jun. 2023.

Melo LD de, Araújo AB de, Teixeira LG, Santos LR dos, Pereira R de J, Fernandes MTACN, et al. Intensive care for congenital heart diseases: Notes on neonatal nursing care. RSD. 15 mai. 2021;10(5):e52310515346. DOI: 10.33448/rsd-v10i5.15346

Paula ÍR, Oliveira JCS, Batista ACF, Nascimento LCS, Araújo LB de, Ferreira MB, et al. Influência da cardiopatia congênita no desenvolvimento neuropsicomotor de lactentes. Fisioter. Pesqui. 6 abr. 2020;27(1):41-47. DOI: 10.1590/1809-2950/18039627012020

Anderson D. Perfil dos recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso com cardiopatia congênita no Brasil: prevalência, mortalidade e fatores associados de uma análise secundária da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais. Ribeirão Preto. Tese [Doutorado Direto em Saúde da Criança e do Adolescente] – Universidade de São Paulo; 2020. DOI: 10.11606/T.17.2020.tde-11022020-131955

Junior D dos S. Associação entre complexidade das cardiopatias congênitas e o período pós operatório sob ventilação mecânica invasiva. São José do Rio Preto. Dissertação [Programa de Pós-Graduação em Enfermagem] – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto; 2017. Disponível em: https://bdtd.famerp.br/handle/tede/440. Acesso em: 27 set. 2022.

Gonçalves MK da S, Cardoso MD, Lima RAF, Oliveira CM de, Bonfim CV do. Prevalência e fatores associados às malformações congênitas em nascidos vivos. Acta Paul. Enferm. 2021;34:eAPE00852. DOI: 10.37689/acta-ape/2021AO00852

Lopes SAV do A, Guimarães ICB, Costa SF de O, Acosta AX, Sandes KA, Mendes CMC. Mortality for Critical Congenital Heart Diseases and Associated Risk Factors in Newborns. A Cohort Study. Arq. Bras. Cardiol. 2018;111(5):666-673. DOI: 10.5935/abc.20180175

Brasil. Lei n. 1.727, de 11 de julho de 2017. Aprova o Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita. Diário Oficial da União. Brasília (DF): 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt1727_12_07_2017.html. Acesso em: 17 abr. 2022.

Braga DC, Saccol MP, Conte TA, Goldmeier R, Pereira RW. Evolução da mortalidade por cardiopatias congênitas no Brasil – um estudo ecológico. J Health Sci Inst. 2017;35(2):105-7. Disponível em: https://repositorio.unip.br/wp-content/uploads/2020/12/V35_n2_2017_p105a107.pdf. Acesso em: 26 jun. 2023.

Moreira LHD, Hong MV, Silva DA da, Silva RG da. The important nursing diagnosis: vision of nurses. RSD. 14 fev. 2021;10(2):e24510212508. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12508

Silva VG, Pereira J de MV, Figueiredo L da S, Guimarães TCF, Cavalcanti ACD. Diagnósticos de Enfermagem em crianças com cardiopatias congênitas: mapeamento cruzado. Acta Paul Enferm. 2015;28(6):524-30. DOI: 10.1590/1982-0194201500088

Publicado

2024-08-22

Como Citar

Ferreira de Sousa, I., Trindade de Almeida Sena Mendes, S., Alcântara Teixeira de Menezes, K., & Vieira Machado, J. (2024). PRINCIPAIS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS NA TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. Revista Brasileira De Saúde Funcional, 12(2). https://doi.org/10.25194/rebrasf.v12i2.2117