PRÁTICAS CORPORAIS EM IDOSOS EM MATO GROSSO, AMAZÔNIA BRASILEIRA: ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL (2013-2023)
PRÁTICAS CORPORAIS EM IDOSOS EM MATO GROSSO: 2013-2023
DOI:
https://doi.org/10.25194/rebrasf.v12i2.2053Palavras-chave:
Práticas Corporais, Atividades Físicas, Fatores Socioeconômicos, Sa´úde do IdosoResumo
Introdução: Práticas Corporais representam uma intervenção terapêutica na saúde, contribuindo para aumento de qualidade de vida, devendo ser estimulados como política pública, entendidos como direito à saúde. Este cenário é ainda mais relevante no que tange a idosos, parcela da população que naturalmente necessita de maiores cuidados, notadamente os que estão relacionados ao aumento da autonomia. Este trabalho teve como objetivo analisar as Práticas Corporais em idosos residentes no estado de Mato Grosso, durante o período de 2013 a 2023, com uso de mapas temáticos para fornecimento de um panorama geral da temática. Metodologia: Estudo ecológico com uso de dados secundários provenientes do DataSUS. Taxas anuais de PC foram calculadas a partir da divisão do número de procedimentos pela população por ano e por municípios, multiplicados por 100.000. A autocorrelação espacial foi calculada a partir do Índice Moran Local, classificados sob estratos Alto-Alto, Baixo-Baixo, Alto-Baixo e Baixo-Alto. Aglomerados espaço-temporais foram calculados para identificar agrupamentos de PC a partir dos municípios de Mato Grosso. Foi utilizado nível de significância de 5% em todo o estudo. Todos os mapas do presente trabalho foram confeccionados no programa QGIS, versão 2.18.20. Resultados: Foram observados 6.309 registros de procedimentos de PC durante os anos de estudo, sendo 3.173 referentes a homens. Salienta-se a maior quantidade de registros em mulheres com 80 anos ou mais. Não houve padrão de distribuição espacial de seus valores, com registros observados em municípios de diversas partes do estado (norte, noroeste, centro e sul), o mesmo sendo observado nas autocorrelações espaciais. Quanto aos aglomerados espaço-temporais, foram obtidos 13 agrupamentos, sendo um estatisticamente não-significativo e que foi devidamente excluído. Conclusão: Foi observada associação entre variáveis socioeconômicas e realização de Práticas Corporais, destacando municípios com melhores níveis de qualidade de vida, o que reforça o que a literatura científica destaca. Por isso, é importante frisar a importância das Práticas Corporais fornecidas pelo SUS como políticas públicas de saúde, corroborando para o aumento da atividade física em níveis populacionais.
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